Meio Bit » Arquivo » Games » Justiça italiana quer por um fim na farra dos apps freemium

Justiça italiana quer por um fim na farra dos apps freemium

Órgão regulador da Itália está investigando se Apple, Google, Amazon e Gameloft induzem consumidores a erro, devido rótulo de "grátis" em apps freemium

10 anos atrás

asphault-8-airbone

Convenhamos, os desenvolvedores acharam a galinha dos ovos de ouro quando começaram a explorar o potencial financeiro do formato freemium. Ao invés de cobrar pelo app, é possível oferecer o software gratuitamente e movimentar as finanças internamente, com funcionalidades que podem ou não ser essenciais para o uso pleno do mesmo. Isso também resolve o problema do Android: assolado pela pirataria, os devs preferiam vender seus aplicativos na lojinha de Apple, movimento não tão esperto hoje em dia quando o sistema do Google domina o cenário mobile.

Só que a justiça italiana está de olho nessa farra. Apple, Google, Amazon e a desenvolvedora Gameloft estão sob escrutínio do órgão regulador antitruste do país para determinar se os aplicativos freemium disponíveis em suas lojas (no caso da Gameloft, que ela desenvolve) induzem o consumidor a erro. A acusação está alinhada a uma decisão da União Europeia tomada mais cedo em 2014 de que as lojas digitais deveriam ser obrigadas a reformar as ofertas dos apps, deixando claro quando um app é verdadeira gratuito e quando ele disponibiliza (em alguns casos, exige) compras in-app. Isso se deve ao fato de que os consumidores se deixam enganar pelo anúncio de "grátis" nas lojas online, apenas para descobrirem que precisam abrir a carteira para utilizar a aplicação.

Para a UE, a confusão ameaça a economia mobile do velho continente, que emprega mais de um milhão de pessoas e cujos lucros podem chegar a 63 bilhões de euros em 2018, mais do que o triplo do alcançado no último ano. Se condenadas, as empresas podem receber uma multa de até 5 milhões de euros. Apple, Google e Amazon se recusaram a comentar o assunto, enquanto ninguém da Gameloft respondeu aos apelos do jornal para contar seu lado da história.

Fonte: WSJ.

relacionados


Comentários