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Sony reconhece que estratégia tradicional de games AAA não funciona no PS Vita

Don Mesa diz que estratégia tradicional de games AAA não se aplica ao PS Vita, e que a SCEA está buscando outras alternativas para suprir a falta de títulos.

10 anos atrás

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Lançado há pouco mais de dois anos, o PS Vita ainda não engrenou como o portátil de sucesso que a Sony imaginou que ele seria. Quando ele foi anunciado, muita gente ficou empolgada por se tratar de um aparelho com muito poder de fogo, o suficiente para permitir que o jogador levasse games da qualidade do PS3 no bolso, para qualquer lugar.

Passado esse tempo, temos visto que o potencial do PS Vita ficou meio que na promessa, já que as grandes desenvolvedoras não estão tão animadas para investir em títulos de peso, pelo menos não fora do Japão.

Na última semana a Sony lançou a versão Slim do PS Vita no ocidente, que conta com um display LCD ao invés do original de LED, além de botões e direcional maiores, fontes de muitas reclamações por parte dos jogadores. Só que na seção de comentários um jogador reclamou da escassez de grandes títulos no portátil, a promessa de diversos títulos "com qualidade de console de mesa" que não teria se concretizado; para ele apenas Killzone: Mercenary e Uncharted: Golden Abyss se enquadrariam nesse quesito (não deve ter jogado Gravity Rush) e a aventura portátil de Nathan Drake nem teria sido tão boa assim.

Ciente dos problemas que o PS Vita possui Don Mesa, diretor de Planejamento de Produtos da Sony Computer Entertainment America disse o seguinte:

A lógica tradicional simplesmente não funciona (no PS Vita). Nós temos que fazer algo diferente para conseguir lançarmos games AAA no Vita. Nós conseguimos de certa forma fazer isso ao permitir que games do PS4 rodem no portátil via Remote Play. O PlayStation Now será outra alternativa, realizando streaming de games do PS3. Mal posso esperar para que a PS Now chegue ao Vita, e espero que você (o jogador que questionou originalmente, mas se estende a nós) experimente e nos diga o que acha.

A questão aqui é que nós jogadores não queremos que o PS Vita se torne uma extensão do PS4 ou um máquina de streaming. Ambas as soluções não funcionam longe de pontos estáveis de conexão ou do console de mesa, caso o jogador queira utilizar seu PS Vita na rua. Ele precisa de games fortes e, ao menos no Japão, isso já está acontecendo: games como Soul Sacrifice Delta e Ragnarok Odyssey Ace (que foi lançado há pouco tempo no ocidente) estão vendendo muito bem, e Freedom Wars é um game no estilo God Eater/Monster Hunter que será lançado no próximo mês, e que vem gerando certa expectativa. Claro que alguns games são japoneses (leia-se pervertidos) demais, como Monster Monpiece e a série Senran Kagura, mas mesmo eles estão sendo localizados.

No fim das contas não queremos um controle ou um periférico de 200 dólares, mas um console com bons jogos dedicados. O desinteresse das third parties em lançar games para o PS Vita pode ser perigoso, e num cenário em que até o 3DS está vendendo menos do que a Nintendo esperava isso é muito perigoso, podendo a previsão catastrófica de Michael Patcher não estar muito longe da verdade: a casa do Mario tirou um remake de Pokémon Ruby and Sapphire da cartola, o que a Sony fará?

Fonte: PS Blog via GI.

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