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Caçando Baleias do Espaço

Satélites são maquininhas incrivelmente úteis, servem para matar pingüins, no caso do satélite brasileiro, ou servem para localizar e contabilizar a população de baleias de uma área, como um grupo de cientistas demonstrou. E o melhor: tudo automatizado.

10 anos atrás

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Calma, não foi liberada a temporada de caça aos Acanti, nem foi desenvolvido pelos japoneses um método de lançar arpões de plataformas orbitais e exterminar os pobres cetáceos. Pelo visto o Japão nunca vai superar Hiroshima. A associação entre espaço e baleias é bem mais pacífica, nesse caso.

Peter T. Fretwell, Iain J. Staniland e Jaume Forcada, pesquisadores da British Antarctic Survey resolveram enfrentar um problema que atrapalha a vida de todo biólogo de cetáceos: contar baleias. Tradicionalmente a população de uma região é estimada por amostragem, feita de barco ou, no caso de cientistas ricos, avião. É ineficiente, caro, demorado e impreciso. 

Os cidadãos acima tiveram uma idéia: utilizar imagens de satélite, que hoje possuem resolução excelente. Com uma foto de uma baía em Golfo Nuevo, Argentina, procuraram por baleias, e acharam. Veja um momento ENHANCE! da pesquisa:

Manualmente examinando uma imagem de 113 km², com resolução de 4 pixels por metro quadrado encontraram 55 prováveis baleias e 23 possíveis baleias. E nenhum vaso de petúnias. Aí foram além, escreveram algoritmos de reconhecimento e colocaram um computador pra achar as danadas. O software encontrou 89% das supracitadas baleias.

Mesmo que não houvesse espaço para refinamento dos algoritmos, uma margem de erro de 10% é excelente, menor que a de qualquer estagiário, e o trabalho pode ser expandido para qualquer área do planeta.

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É uma baleia. Juro.

Os resultados da pesquisa foram publicados no PLOS One.

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