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Facebook e Google ainda não aceitam propagandas de maconha, mesmo onde ela já foi legalizada

Google e Facebook se recusam a veicular anúncios relacionados à maconha em suas redes. Apesar de demonstrarem simpatia ao fato de que elas se tornaram legais em alguns locais dos EUA, isso pode ser ruim para os negócios.

10 anos atrás

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As coisas nos Estados Unidos andam um pouco conturbadas ultimamente. Há alguns meses um executivo que trabalhava na Microsoft anunciava estar planejando criar a primeira marca oficial de Maconha no país, vocês lembram?

Então, vários lugares da terra do Tio Obama passaram a legalizar o uso recreativo da droga, nos estados de Washington (não confundir com a capital Washington D.C.) e Colorado. Quem mora longe dali, vai ter que enfrentar uma viagem. Não que isso seja problema pra eles, quer dizer, não nesse sentido. Bom, vocês entenderam.

Recentemente, o próprio presidente afirmou que o fumo desta substância é uma prática menos nociva que o consumo de álcool, e que, ao contrário da pataquada que o Clinton fez (e que talvez fosse necessária na época), admitiu que fumou e tragou, quando era adolescente. "Reflexo das lutas e confusão de um adolescente", segundo ele.

Há quem seja a favor, e há quem seja contra. Mas o que não faltam são estudos que tentam fazer uso da cannabis - e suas tantas variações - no tratamento de doenças neurológicas, tais como Alzheimer e Parkinson.

Agora, as muitas lojas que já oferecem a maconha não poderão fazer uso de boa parte da publicidade online para anunciar seus produtos. Isso porque o Google e o Facebook não planejam tão cedo mudar suas políticas internas, que atualmente proíbem este tipo de anúncio mesmo nos locais onde ela já foi legalizada.

É o que revela a National Cannabis Industry Association (NCIA). Segundo a organização, um grupo comercial que faz lobby para empresas que trabalham com este tipo de especiaria, no estado de Washington, afirma ter tentado promover suas ideias no Facebook, mas o site se recusou prontamente, afirmando que isso fere suas regras.

Um representante do Facebook chegou a comentar que, por mais que eles estejam propensos a participar disso e permitir que este tipo de anúncio possa ser feito nas páginas da rede social no futuro, ainda não é o momento para isso, pois os riscos envolvidos são muito altos. Isso poderia fazer muito mal à imagem da empresa. Ele disse ainda que a companhia está sempre revendo suas decisões, mas antecipa que o assunto não vai ser abordado sequer nos próximos meses.

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A política do Google AdWords permite que produtos derivados da maconha, como tecidos, possam ser promovidos. Ainda assim, ele também proíbe anúncios de drogas e materiais alucinógenos.

Assim como o Facebook, o Google também disse que está sempre revendo suas políticas, embora eles não tenham mudado nada recentemente. Talvez toda essa proatividade esteja entorpecida. Alguns podem dizer que talvez não haja necessidade. No caso de algumas coisas que tem acontecido no YouTube, eu já acho que muita coisa poderia mudar, mas isso é uma opinião pessoal.

Fato é que, uma vez que a maconha ainda é uma droga ilegal em nível federal nos Estados Unidos e em muitos outros países, é natural que estas empresas demonstrem tanta cautela. E vai demorar muito para que esta realidade mude.

E pra você? Acha que o Facebook e o Google tinha que "legalizar" os anúncios também? Qual sua opinião a respeito?

Fontes: GIGAOM e The Verge.

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