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Mais uma do Snowden: a NSA estaria monitorando 100 mil PCs sem internet via ondas de rádio

De acordo com nova denúncia do NY Times, a NSA teria acesso a 100 mil computadores em pontos estratégicos do mundo mesmo sem internet, via ondas de rádio.

10 anos atrás

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Entra ano, sai ano, e o assunto NSA/Edward Snowden parece não ter fim. Pelo menos os veículos que tiveram acesso aos dados que o ex-técnico da agência e atual "cara da informática" do Kremlin soltam pílulas pelo meno menos uma vez por semana (e considerando que a NSA não faz ideia de quantos arquivos ele comprometeu, essa história ainda vai longe) para aumentar a audiência dos sites e vender jornais pois hoje em dia, é que dá certo: polêmica.

A última publicada aqui dizia respeito à invasão do iPhone desde 2008 e aos malwares lógicos e físicos que a NSA teria instalado em computadores despachados para todo o mundo, de modo a monitorar todo o funcionamento dessas máquinas quando conectadas na internet. Uma nova denúncia publicada pelo Times aponta que o spyware físico (na verdade receptores inseridos na porta USB) teria sido instalado em 100 mil computadores espalhados pelo globo, e para garantir que esses usuários críticos seriam monitorados o tempo todo entra uma tecnologia chamada Quantum, desenvolvida em 2008: um canal de comunicação que envia e recebe dados dos computadores monitorados mesmo quando eles não estão conectados à internet, através de ondas de rádio.

Funciona assim: os transmissores instalados na porta USB ou na parte interna dos computadores-alvo se comunicam via rádio com uma estação de campo do tamanho de uma maleta, que capta as informações, as despacha para a NSA e ainda poderia transmitir de volta para o alvo malwares do tipo que poderiam atacar instalações adversárias.

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O documuento vazado diz que todos os alvos estão localizados fora dos Estados Unidos: cartéis de tráfico mexicanos, supostos terroristas, organizações de comércio europeu e hackers militares da China e Rússia. O primeiro uso dessa tecnologia seria para monitorar o sistema de enriquecimento de urânio no Irã antes da implantação do worm Stuxnet. Com isso a NSA teria resolvido um problema antigo, invadir remotamente instalações antes consideradas inexpugnáveis. Embora a desculpa oficial seja o combate ao terrorismo, uma organização comercial não deveria ser o lugar mais provável a se encontrar membros da Al-Qaeda; como já ficou patente em invasões confirmadas da Petrobrás e outras empresas, o governo norte-americano aproveita a deixa para conseguir vantagens comerciais.

Como os custos dessa operação são mais elevados é improvável que spywares físicos estejam em mais computadores, já que a NSA teria que deslocar agentes para o mundo inteiro para realizar a coleta de dados. Porém fico pensando o quanto de todos esses vazamentos são notícia velha, métodos e tecnologias não mais utilizadas e o que veículos como The Guardian, Times e outros estariam filtrando dos arquivos conseguidos por Snowden para causar mais impacto.

Fonte: NY Times.

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