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Fragmentação? Android Jelly Bean já está presente em 59,1% de dispositivos do sistema

Sai pra lá fragmentação: quase 60% dos dispositivos Android já estão rodando alguma versão Jelly Bean do sistema mobile

10 anos atrás

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Uma das cartas que os donos de iGadgets insistem em utilizar contra o Android ainda é a da fragmentação do sistema. No passado realmente este era um problemão, tendo em vista que o Google licenciava o sistema pra qualquer um por um troco de pão, o que acabou fazendo com o que o sistema fosse embarcado nos mais duvidosos hardwares, sejam smartphones ou tablets; a Positivo é o nosso melhor exemplo, duas vezes.

A verdade é que o Google não tinha um Steve Jobs como CEO. Foi ele quem bateu cabeça com as operadoras dizendo que seu smartphone não seria sujeito às pressões das operadoras, que queria que o iPhone fosse entupido de bloatware e que suas atualizações passassem por aprovação prévia. Ele bateu o pé e fez do jeito dele, os updates passam por cima de todo mundo e mesmo hardwares antigos contam com o iOS 7. Se funcionam bem são outros quinhentos.

Já Mountain View foi obrigada a abrir as pernas ão só para as operadoras como aos fabricantes parceiros. A decisão de não lançar hardware próprio prejudicou muito a visibilidade do sistema; se um usuário quer rodar o Flipboard no seu Galaxy Y como ele viu no Nexus 5 do amigo, a desculpa de que "seu aparelho não dá suporte" não importa, é uma falha.

Ainda bem que o mundo continua girando. Com o tempo tem sido possível entregar aparelhos baratos com hardware decente, e o Google tem feito o possível para fazer com que as versões mais recentes do Android estejam na maioria dos aparelhos. Em novembro o Android Jelly Bean já havia atingido 52% dos aparelhos, e dois meses depois já está beirando os 60%:

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Como o Jelly Bean conta com um layer intermediário para diminuir a diferença entre os dispositivos é natural que a fatia que ele morda seja maior. O Android 4.4 KitKat, desenvolvido de forma a dar suporte a aparelhos baratos veio ao mundo com a missão de acabar com a fragmentação, permitindo que mesmo aparelhos antigos ou baratos sejam atualizados. Entretanto sua presença nos aparelhos ainda é tímida, com apenas 1,4%.

Embora eu realmente acredite nesse esforço do Google o grande, enorme problema é que fabricantes e operadoras não pensam assim. Fabricantes querem vender aparelhos, operadoras querem vender aparelhos com planos. Dispositivos sem atualizações forçam o consumidor leigo a trocar o hardware, o que prejudica o Google. O ideal seria fazer como o iOS que atualiza os aparelhos e dane-se o mundo, mas não creio numa mudança na política do Android nessa altura do campeonato. Uma alternativa seria forçar todo mundo a abraçar sempre a versão mais recente do Android em aparelhos novos, mas esse é outro problema: uma versão testada, experimentada e já deturpada com customizações leva tempo para ser desenvolvida, e isso consome dinheiro.

Em todo caso, como a adesão ao kitKat ainda vai demorar um pouco para aumentar é possível que a mordida do Jelly Bean aumente ainda mais. É esperar para ver.

Fonte: PA.

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