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Nokia fechou 2013 com 92% do mercado de Windows Phone

2013 terminou com a Nokia dominando 92% do mercado de celulares Windows Phone. Não é que os outros sejam ruins, mas ninguém investiu tanto e produziu aparelhos tão bem-cuidados. Os Lumias mais baratos são… corretos. Os topo de linha, como o 1020, são suficientes pra gente pedir pra Suprema Corte alterar as Leis de matrimônio, permitindo união entre humanos e celulares. Com isso a Microsoft se tornou a Segunda Apple, comandando todos os pontos.

10 anos atrás

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Houve uma época em que a Microsoft era pioneira no mundo dos portáteis, mas o Windows Mobile nunca disse a que veio. Fabricantes licenciavam o sistema operacional e enfiavam em qualquer radinho de pilha. Não havia consistência nem um padrão mínimo de qualidade. De um lado equipamentos magníficos como o Dell Axim x51v, do outro abominações como o HTC Touch, um telefone lindo e elegante, até você tentar usar.

O Android quase morreu pelo mesmo motivo. Milhares de fabricantes produzindo os equipamentos mais vagabundos e baratos que conseguiam, colando etiqueta “Android” e soltando no mercado. Felizmente LG, Samsung, Motorola e outras entraram na brincadeira, elevaram o nível e hoje Android não é sinônimo de lixo, só “Android barato”.

Isolada disso tudo, veio a Apple, detendo 100% de seu ecossistema, uma posição invejável mas impossível para o Google e a Microsoft. Ou não?

A Microsoft sempre foi agnóstica em relação a hardware, tirando casos específicos, como o XBox e o Zune. Na área de sistemas operacionais lançar hardware próprio era visto como pecado mortal, mas perceberam que se repetissem a estratégia do Windows Mobile, terminariam com outro Android nas mãos.

A aproximação com a Nokia foi estratégica (do grego stratēgia). Dentre os vários parceiros era a única que precisava de um SO diferenciado, estava desesperada a ponto de aceitar propostas indecentes, mas tinha fôlego para bancar um longo período de Pesquisa e Desenvolvimento. A compra da empresa pela Microsoft só confirmou essa estratégia.

Hoje a Microsoft está terminando as negociações de compra da Nokia, que por sua vez representa 92% do mercado de aparelhos Windows Phone.

Comendo pelas beiradas, conseguiram uma situação semelhante à da Apple (exceto pelo marketshare do iPhone). O grande problema, fazer com que os fabricantes adotassem o Windows Phone, não existe mais. Se outros quiserem, serão bem-vindos, mas se não vierem, os Lumias seguram a onda, inclusive no mercado low end.

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