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Filtros pornôs ingleses estão bloqueando sites educativos, nos dois sentidos

Lembram dos filtros pornô que a Inglaterra ia forçar nos novos usuários dos provedores de internet? Já estão no ar, funcionando muito bem, protegendo as crianças e bloqueando sites terríveis como portais de educação sexual e centros de apoio a vítimas de estupro e violência doméstica. Parabéns aos envolvidos.

10 anos atrás

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Lembra quando noticiamos que a Inglaterra estava obrigando os provedores a filtrar por default o conteúdo “questionável” dos novos usuários? Que o consenso era que quem quisesse mesmo acessar pr0n o faria, independente de filtros, e que havia uma aura de autoritarismo orwelliano em volta de tudo isso?

Pois é, piorou. Esqueci de considerar um componente fundamental dessas iniciativas mal-pensadas, bem-intencionadas e que nunca dão certo: a incompetência humana.

Agora, com os filtros no ar, a BBC descobriu que os tais filtro bloquearam um site de educação sexual para crianças que já educou 81 mil jovens americanos, em mais de 20 anos de existência. Marcou como pornográfico e bloqueou o site do Centro Feminino de Estupro e Abuso Sexual de Edimburgo, e a helpline para Denúncia e Auxílio em casos de violência doméstica de Doncaster, também rodou. Pornô.

Do outro lado, a BBC testou (for science!) 6 sites pornográficos. 7% não foram bloqueados.  Os resultados variam de provedor para provedor. A SKY bloqueou 99% dos sites adultos, mas levou junto 6 sites voltados para auxílio de pessoas com vício em pornografia.

Ou seja: rodaram os sites legítimos, úteis e com propósito de ajudar, mas ficaram 1% dos sites pornô, que na Internet significa algo entre 123,4 x 10googolplexo sites.

Parabéns aos envolvidos, mal posso esperar a campanha de publicidade de 25 milhões de libras esterlinas que soltarão em 2014, explicando como esses filtros são uma excelente idéia.

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