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Os mais novos usuários dos terríveis drones assassinos? A ONU

Enquanto a mídia e as ONGs demonizam drones, um monte de gente vem pesquisando usos benéficos dessas aeronaves. O resultado é (espera-se) o enfraquecimento do discurso do medo, afinal se drones são terríveis máquinas e matar, como explicar que a ONU os está usando?

10 anos atrás

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Enquanto a mídia não descobre os robôs, os grandes vilões tecnológicos do Século XXI são os drones. As alegações contra eles, analisadas friamente não fazem sentido. Mesmo que fossem máquinas essencialmente malignas com o único propósito de matar, em quê isso as torna diferentes de qualquer míssil ou canhão? Drones, mesmo os de combate são menos indiscriminados, depois que você atira de um canhão naval, a 40 km de distância, nem Thor consegue impedir o projétil de atingir o alvo. Pode ser o último orfanato de bebês-panda do mundo, vai pra vala.

A rigor toda arma de longa distância é assim, atirou, já era. Drones são a grande exceção, e se há dano colateral (desculpe, pandinhas) é por falha humana, não a ferramenta, que inclusive proporciona a rara chance de se mudar de idéia no último segundo.

Ao contrário do que a mídia e os ativistas histéricos dão a entender, drones NÃO saem metralhando pessoas por vontade própria. São só ferramentas, e há muito mais usos para eles do que como armas de combate. É o que até a ONU está descobrindo, na África.

Mais precisamente no Congo, onde monitoram fluxo de refugiados e movimentação de grupos rebeldes.

Como são drones da ONU, que tradicionalmente só apanha, não são armados nem participam de ações ofensivas. E quer uma novidade? 99% dos drones do mundo são exatamente assim. Até mesmo no Brasil a tecnologia está sendo estudada para monitorar trânsito e alertar em caso de enchentes e outros desastre naturais.

Quem assiste Polícia 24h, o melhor programa da TV brasileira, sabe como muitas vezes suspeitos escapam por vielas, se escondem em telhados e matagais. Usar helicópteros em cada ação dessas é inviável, não há aeronaves suficientes e o custo é caro demais. Com pequenos quadcópteros equipados com câmeras os próprios policiais poderiam ter uma vista aérea do local, uma vantagem estratégica importante.

Incêndios onde é perigoso se aproximar? Mande um drone para avaliar a situação. Patrulhamento de praias? Qual o mais eficiente, a Pamela Anderson numa cadeira alta ou uma sala controlando vários drones sobrevoando a arrebentação?

A USP está pesquisando o uso de drones na agricultura. Podem identificar plantações doentes, falhas de irrigação e espécies invasoras.

Antigamente não havia fotografia. Com o tempo inventaram a chamada telefoto, um antepassado do Fax, que passava via telefônica imagens de qualidade sofrível. Com as câmeras digitais tudo ficou mais ágil. Hoje repórteres, repórteres-cidadãos e cidadãos enviam imagens ao vivo direto do local onde a notícia está acontecendo. A consequência natural é que ganhem a 3ª Dimensão e comecem a usar drones. O Jornalismo de Drones é matéria em várias universidades nos EUA e está se tornando realidade.

O único impedimento para essa proliferação tecnológica é o preconceito. Drones estão ganhando o mesmo tratamento da energia nuclear, que carrega nas costas boa parte do mundo desenvolvido mas é vista como a grande vilã, mesmo tendo matado muito menos gente em toda sua história do que a indústria do carvão mata em um ano. O resultado é que temos que conviver com reatores nucleares obsoletos, com projetos de mais de 40 anos, pois ninguém consegue autorização para construir modelos novos, “não-testados”.

Se essa percepção não mudar uma ferramenta excelente será banida de todos os lugares onde seria realmente útil à Humanidade, e ficará restrita ao campo de batalha. Aí os críticos apontarão o dedo e dirão “viram? Drones só servem para matar”.

Fonte: W.

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