Matheus Gonçalves 10 anos atrás
Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, desenvolveram um sistema que usa um pírcingue na língua, conectado a um aplicativo do iPod, que permite que pessoas com deficiências motoras controlem suas cadeiras de rodas apenas com o movimento de suas línguas. Miley Cyrus curtiu isso.
Para algumas pessoas com grau avançado de suas dificuldades de locomoção, mesmo cadeiras de rodas avançadas podem ser complicadas de serem controladas. E esse projeto pode ser a solução. Obviamente, para que isso funcione, a pessoa precisa aceitar colocar um pírcingue na língua, que contém uma pequena barra de titânio na ponta.
Outro acessório necessário é um headset “à lá Professor Xavier”, com sensores que respondem ao ímã dentro do piercing. Quando o usuário movimenta a língua, um aplicativo do iPod recebe informações dos sensores, identificando assim qual comando está sendo executado. Através desta interface, portanto, fica simples enviar o comando para a cadeira de rodas.
O principal benefício deste sistema é que ele funciona de um jeito bem mais prático e rápido que os controles existentes nos modelos atuais deste tipo de veículo. A forma mais utilizada até o momento, para tetraplégicos, é a conhecida como “push and blow”, quando o usuário precisa direcionar um canudo para o lado desejado e assoprar.
Trata-se de um processo que tem lá sua curva de aprendizagem, que é lenta e muitas vezes frustrante. Já o treinamento do sistema com o pírcingue chega a ser três vezes mais rápido, por ser mais fácil de ser executado, mesmo avaliando apenas os aspectos musculares e respiratórios.
Pessoalmente eu acho muito legal pírcingue na língua (acho estranha é a palavra ‘pírcingue’, mas né?). Acho bonito o acessório, torna-se também um atrativo estético. Menos quando a pessoa fica insistentemente colocando ele pra fora por nenhuma razão aparente. No caso dos cadeirantes não acho que esse risco seja tão grande, já que trata-se de sua ferramenta de locomoção e não vai ser legal perder o controle da própria cadeira por algo assim.
No mais, viva a ciência.
Fontes: Newscientist e Georgia Tech.