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Comissão Européia libera o uso de redes 3G e LTE durante os vôos

Companhias aéreas da Europa agora podem criar redes 3G e 4G dentro de suas aeronaves. Elas podem, mas isso não significa que elas vão.

10 anos atrás

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Há pouco mais de um ano o Cardoso postou um texto falando sobre sua experiência à bordo de uma aeronave 2G-friendly. Preços inversamente proporcionais à velocidade do serviço, além da constante desconfiança de quem ainda acha que gadgets assim podem derrubar o avião.

E nas aeronaves sem o sofrível 2G, ainda continua sendo proibido o uso do smartphone. Voltei de viagem ontem e passei pela mesma situação. Tive que desligar, antes que a comissária de voo gentilmente me arremessasse pela porta afora. Como dito pelo Cardoso naquela oportunidade, “NENHUM equipamento decente aprovado pelo FCC e pelo FAA sofre interferência de celulares. Isso é um fato”, mas a proibição continua.

Bem, teremos mais um capítulo nesta novela, uma vez que a Comissão Européia (CE) anunciou que as companhias aéreas agora estão autorizadas a criarem redes 3G e LTE dentro de seus aviões, que poderão ser usadas em smartphones, tablets e e-readers, mesmo durante pousos e decolagens. Dentro da Europa.

Todavia, não dá pra ficar muito animado, por vários fatores: primeiro que a palavra final é da companhia aérea. Pode até sair na televisão que não há risco nenhum (se saiu na TV, então é verdade, não é mesmo?), que ainda assim a empresa pode simplesmente não adotar a tecnologia, ou uma comissária pode te abordar pedindo que você desligue o aparelho. Regras da casa.

Segundo que, mesmo que as redes 3G e 4G sejam sensivelmente rápidas para uso em terra, sua velocidade não será a mesma no ar, uma vez que o Wi-Fi dos aviões depende dos satélites para se conectarem à internet e eles geralmente costumam ser mais lentos que as comunicações com base no solo.

A CE fez um lembrete que eu acho válido enfatizar também: ainda não há tecnologia nem legislação que permita o uso do sua internet móvel pessoal, é necessário contratar o serviço de internet à bordo. Os preços vão continuar bem salgados por um bom tempo, mas ao menos a gente vai poder contar com um serviço um pouco mais satisfatório. Que seja pelo menos mais rápido que o 2G.

Para o futuro, sabe-se que várias empresas estão trabalhando no desenvolvimento de uma tecnologia que possa se conectar diretamente às redes LTE, sem a necessidade de se conectar pelos satélites, o que poderia deixar tudo mais confortável. Isso sem contar o fato de que, caso esta conexão direta seja criada, poderemos abandonar as tarifas “resto do mundo” cobradas durante os vôos. Sim, como eles não sabem onde você está, cobram roaming. E dos mais caros.

E quem sabe um dia será tranquilo e trivial pegar seu smartphone no bolso durante um voo e acessar sua internet móvel que você já contrata normalmente, sem precisar doar os rins pra poder pagar as tarifas à bordo.

A seguir, portanto, cenas dos próximos capítulos.

Fontes: TechCrunch e Comissão Européia.

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