Carlos Cardoso 10 anos atrás
Um grupo de cientistas engenheiros (reclamem com o Sheldon) da Universidade de Buffalo, New York, está fazendo uma pesquisa interessante: aparentemente as arraias são um excelente caso de aprimoramento evolucionário. Não só são extremamente eficientes em eliminar apresentadores ecochatos, como também eliminam boa parte do arrasto hidrodinâmico, e aproveitam a própria resistência da água para gerar impulsão. O vídeo da simulação é bem legal.
Elas usam o movimento corporal para gerar vórtices com diferenças de pressão, o que gera a propulsão. É uma forma de movimentação de baixa energia, alta velocidade e que permite um corpo bem hidrodinâmico. Além de ser pra lá de elegante. Claro, todo mundo que assistia Viagem ao Fundo do Mar sabia disso e adorava o Subvoador, apesar de ele violar mais Leis da Física do que portal de conspiração de UFOs.
A idéia é que submarinos e drones do futuro utilizem sistemas de propulsão análogos, mas é preciso ir com calma. Existe uma corrente que defende a superioridade da Natureza em tudo, o que é ótimo para tratar doenças psicossomáticas costuma ter resultados menos que espetaculares contra coisas mais sérias, como espinhas, dor de dente e caspa. Uma vez reparei a virtual ausência de rodas na Natureza, com exceção daquelas plantas que crescem em faroestes. Questionei um cientista, a explicação foi simples: não há muitas estradas no mundo selvagem.
Ou seja: a roda É uma forma mais eficiente de locomoção, em termos energéticos é excelente, mas depende de uma infraestrutura inexistente sem a intervenção do homem.
Nossos aviões copiam a aerodinâmica das aves, mas não seu método de propulsão. Mesmo que fossem mais eficientes que hélices e jatos, seria mecanicamente. E sim, já foi tentado:
A natureza não vai fazer todo seu dever de casa, mas se você observar com cuidado, usar o que é útil e aprimorar o que for necessário, conseguirá o melhor de dois mundos, e quando isso acontece, o resultado em geral é épico, como o Seabreacher.
Fonte: PS.