Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Ficamos mal acostumados. Nos últimos anos a corrida quase armamentista (quase?) de empresas como Microsoft, Nokia, Samsung, LG e Apple entre outras deixou consumidores e principalmente, a dita mídia especializada em tecnologia mimados além da conta.
Geralmente, quando uma empresa dá uma declaração sobre uma novidade tecnológica, a reação normal da imprensa é perguntar quando ela será disponibilizada. Geralmente são pesquisas que duram anos e os veículos se aquietam.
Com a Apple é diferente. Como ela não anuncia nada até estar pronto, resta à imprensa especular. O perda de um parafuso pela Foxconn é motivo para sites e mais sites noticiarem que o próximo iPhone/iPad/iQualquer Coisa virá com hologramas sólidos e será alimentado por raios cósmicos. O resultado são pautas cada vez mais malucas, estão atirando para todos os lados na esperança de acertar um chute como os jornais fazem desde sempre; no final as pessoas, essas criaturas com memória seletiva que pensam até hoje que o Bial cobriu a queda do Muro de Berlim vão lembrar apenas das notícias que se confirmaram. Foi o que aconteceu quando um site de tecnologia chutou o iPad de quarta geração enquanto que o terceiro modelo ainda não havia sido lançado, vaticinando um espaço de tempo de apenas sete meses entre eles. O pior é que por mais absurdo que parecesse, ele acertou.
Aconteceu a mesma coisa com o tal iWatch: todo mundo noticiou o aparelho como certo, a concorrência correu para lançar os concorrentes primeiro e nada, pelo menos até agora.
A moda agora são celulares curvos. O Galaxy Round e o LG G Flex, ainda que sejam produtos destinados a testar a aceitação pelo público (pelo menos por parte da Samsung; a LG está tão certa que o G Flex será um sucesso que irá lançá-lo fora da Coreia mais bonita), há quem ache que a Apple não pode ficar para trás e deveria reagir. Daí surge a notícia que segundo alguém próximo dos procedimentos de Cupertino, a empresa estaria desenvolvendo não um, mas dois modelos de iPhone, um de 4,7 polegadas e outro de 5,5" com telas curvas, mas não como os concorrentes. De acordo com a fonte, o display dos protótipos se estenderia "longo das bordas dos aparelhos" e teriam sensores melhorados, capazes de detectar diferenças na pressão dos toques.
Seria algo mais ou menos como isso aqui:
Sim, é parecido com o protótipo chamado Youm que a Samsung exibiu na CES 2013 (pule para 4:50), lembrando que a Sammy também fornece displays para a maçã:
Nada contra começarem a chutar para ver se acertam algo, mas às vezes é bom mirar em algo mais próximo. Ainda que a Samsung possua a tecnologia e a demonstrou funcionando, um iPhone equipado com esse recurso parece um pouco demais. Telas maiores são um rumor mais plausível; ainda que a Apple resista bravamente a sair das quatro polegadas, as pessoas querem consumir mídias diversas e um aparelho pequeno limita muito a experiência de uso, seu eterno calcanhar de aquiles. Um iPhone 6 de até 5 polegadas seria algo interessante, maior que isso seria algo como o Galaxy Note e não creio que a intenção da Apple seja mirar em foblets, não quando existe o iPad mini.
No mais, será uma jornada divertida até o próximo ano, pois a maluquice dos rumores só vai aumentar.
Fonte: BB.