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Western Digital anuncia HD de 6 TB recheado com… Hélio

A boa notícia é que a Western Digital conseguiu espremer 6 TB em um hard disk de tamanho convencional. A má notícia é que para isso eles usam uma atmosfera de hélio, elemento de futuro incerto e de interesse de um monte de gente além de nerds. O pessoal que tem canhões e mísseis nucleares, por exemplo.

10 anos atrás

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Os SSDs são uma espécie de carro elétrico. São o futuro, apresentam um monte de vantagens, mas por enquanto ainda são caros demais e não compensam o uso no dia-a-dia. A diferença de custo entre modelos de capacidades equivalentes ainda é alta demais.

Por isso continuamos desenvolvendo carros convencionais de ponta e HDs de grande capacidade. O mais recente é um modelo da WD chamado Ultrastar® He6.

Usando o mesmo formato de um HD padrão de 3,5 polegadas, ele comporta 6 TB, consome 23% menos energia quando em modo de espera, 49% menos energia em termos de watts/TB, faz 30% menos barulho e é 4% mais frio. Qual o segredo?

Ao invés de usar ar, a atmosfera dentro do equipamento é composta de hélio. 7 vezes menos denso que o ar, o hélio é um gás nobre, portanto não reage com nenhum elemento dentro do disco. Ele gira mais rápido, com menos resistência, menos atrito… com isso conseguem espremer mais discos dentro do mesmo espaço. Hélio é tudo de bom.

Segundo elemento mais abundante no Universo, a maior parte do hélio veio do Big Bang, mas novos átomos são formados no coração das estrelas, por decaimento radioativo de Urânio e pelo meu chaveirinho da DealExtreme que brilha no escuro (sério).

Mesmo assim hélio é caro, difícil de extrair e, quando você o libera na atmosfera, ele vai embora, é leve demais para ser detido pela gravidade do planeta. É um recurso não-renovável (não facilmente) usado de balões de festas e armas nucleares, a equipamentos como o LHC e máquinas de ressonância magnética. Pior: as novas minas, que removem hélio misturado com gás natural, não são suficientes para suprir a demanda.

As reservas estratégicas dos EUA, que compõe 30% do estoque mundial de Hélio, estão sendo vendidas e estima-se que em 2018 estejam esgotadas.

Se a moda pegar toda a indústria de HDs vai apostar em um elemento que tem variações loucas de preço, é controlado por pouquíssimos países e é estratégico para aplicações militares.

Pensando bem, faz todo o sentido, afinal não é sempre que podem achar inundações e incêndios em fábricas para justificar aumentos, colocando o hélio na equação, é mais uma desculpa para meter a faca.

Fonte: GAS.

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