Neurocam usa ondas cerebrais para fazer seu smartphone registrar imagens

WTF is Neurocam? é uma pergunta que muitos podem se fazer neste momento. E é também o nome de um filme lançado em 2011, de baixíssimo orçamento, no qual os protagonistas investigam uma organização secreta que conecta milhões de indivíduos pelo mundo e nenhum deles sabe de verdade o que é a Neurocam.

Algo meio parecido com a Arkhos Biotech, do ARG Zona Incerta, que chegou a protagonizar uma das cenas mais estranhas do plenário do Senado, quando o senador Arthur Virgílio (PSDB) confundiu o jogo com realidade e discursou contra uma empresa fictícia.

Certo, mas o que tudo isso tem a ver com a Neurocam? Absolutamente nada! Então, o que é a Neurocam?

A Neurocam é na verdade um dispositivo que se conecta ao seu smartphone e, preso em sua cabeça através de uma bonita "tiara" (ou qualquer outro nome que você queira dar para esta haste), usa sensores para ler suas ondas cerebrais. O sistema de leitura é bem semelhante ao que já vimos em outros projetos como um controle de TV com a força do pensamento, a prótese de braço feita pela DARPA, um quadricóptero feito por estudantes de cursos de Ciência e Engenharia da Universidade de Minnesota e acessórios para games.

O protótipo foi apresentado durante a conferência Human SENSing 2013, que aconteceu no Japão. Ele usa a câmera do celular para focar um determinado ponto e mede as ondas cerebrais utilizadas nessa atividade, em uma escala de interesse de 0 a 100. Se as ondas cerebrais atingirem a marca de 60 nesta medição, o equipamento vai ativar a gravação de vídeo. E, eventualmente, transformar a captura em GIFs de cinco segundos. Além disso, o aparato possui um prisma na parte frontal que, pela posição da cabeça, acaba "olhando" para o que de fato a pessoa está olhando.

A Neurocam é o mais novo produto criado através do projeto Neurowear, o mesmo responsável pelo protótipo NekoMimi, as orelhas de gato das japinhas que o Cardoso mostrou pra gente há uns meses.

Não tenho ideia se a Neurocam é confortável, nem nada relacionado à sua usabilidade. A empresa responsável não deu maiores detalhes sobre preço, nem um possível data de lançamento. A verdade é que trata-se de um produto em fase inicial de testes e sua utilidade real deva ser apenas a evolução da captação de ondas cerebrais para aplicação em sistemas de leitura automatizada de imagens. E criação de GIFs, claro. De qualquer forma, é muito interessante ver a tecnologia e a ciência evoluírem, em tempo real.

Fonte: Diginfo.TV.