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Seagate pretende lançar HDs de 14 e 16 TB até 2018

Boa notícia para o mercado corporativo: a Seagate anuncia planos de lançar novos modelos de HDs entre 12 e 16 TB de capacidade dentro dos próximos 18 meses, e um de 20 TB até 2020.

7 anos atrás

Migrar para um SSD é uma experiência basicamente religiosa, e confirma a máxima "once you go black...": uma vez que o usuário testemunha todas as vantagens das unidades de estado sólido (porque os discos rígidos são todos feito de gás... alguns em parte) ele nunca mais volta a utilizar um HD ao mesmo para  sistema. Digo isso porque os preços ainda não são convidativos (mas estão melhorando) para utilizar um SSD para backup.

A Seagate sabe disso e não pretende abrir mão tão cedo da tecnologia legada: tanto que já anunciou uma nova série de discos rígidos de até 16 TB a ser lançada dentro dos próximos 18 meses.

A realidade é cruel: o preço do GB num HD é absurdamente menor do que num SSD. Utilizando o site BoaDica (aliás uma reclamação: como ainda não criaram um site similar para a Sta. Ifigênia?) constatamos que o valor médio do gigabyte hoje, em uma unidade de disco rígido de 2 TB sai por R$ 0,1369; já em um SSD de 240 GB popular, como um mobelo básico da Kingston ele sai em torno de R$ 1,45. Utilizar uma unidade sólida para todas as nossas necessidades seria o cenário perfeito, mas os custos são muito altos.

Um Samsung 850 EVO de 1 TB custa hoje R$ 1.535,00, ou R$ 1,53 por gigabyte. Quando o assunto é backup o SSD não tem a menor chance.

Os fabricantes sabem dessa dura realidade, e por isso continuam fabricando HDs de grande capacidade não apenas para o mercado consumidor, mas principalmente para o corporativo. A razão é simples, NAS, servidores e datacenters precisam de armazenamento em grande escala e manter as finanças saudáveis é imperativo, logo todo mundo ainda utiliza os bons e velhos winchester. Quer dizer, não necessariamente velhos já que Seagate, Samsung, Western Digital, Toshiba e cia. limitada continuam estudando novos métodos para expandir a capacidade dos mesmos e aumentar sua longevidade, estendendo o limite físico dos discos.

Uma das técnicas mais empregadas hoje em HDs de altíssima capacidade é recheá-los com hélio, e a Seagate tem toda uma linha de discos de até 10 TB voltada para as empresas (esse disco vai chegar ao Brasil em breve, com um preço estimado de R$ 2,5 mil; um pouco caro para os padrões mas como o mercado não é o consumidor...). Só que ela quer mais: dentro dos próximos 18 meses novas unidades deverão ser apresentadas, todas com maios espaço de armazenamento que as atuais. Nos próximos meses ela deve apresentar um novo modelo de 12 TB em resposta à HGST, subsidiária da Western Digital que colocou um similar no mercado no fim de 2016; já para 2018 e companhia promete modelos de 14 e 16 TB, e um com suculentos 20 TB até 2020.

É possível ir além disso? Sinceramente não há como saber. Para todos os efeitos práticos estamos espremendo os limites físicos dos discos rígidos além do que se imaginava capaz, vai chegar um momento em que não haverá mais como lançar novos HDs de maior capacidade mantendo o preço do gigabyte baixo, e será o momento do SSD brilhar. Só que isso levará muito tempo, por enquanto as grandes companhias serão beneficiadas e calculo uns seis anos, no mínimo até os usuários finais poderem comprar um disco sólido de 1 TB pelo mesmo preço que pagam hoje num HD de igual capacidade. Toda tecnologia começa cara, mas não permanece assim para sempre.

No mais, vamos aguardar os próximos anos e esperar que o mercado se equilibre ao ponto de um dia podermos comprar SSDs sem deixar um rombo na carteira, embora a satisfação seja garantida.; mas até lá é fato que continuaremos guardando nossa biblioteca de conteúdo educativo nos bons e velhos HDs. Esperamos que esses modelos da Seagate migrem logo para o mercado consumidor, pois será algo bem interessante.

Fonte: PCWorld.

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