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Mais um padrão: Google anuncia o Pik, novo formato de imagem para a web

Google aposta no Pik, novo formato de compressão de imagens para a web que seria mais potente que o JPEG. Infelizmente as chances de ele se tornar o novo padrão para todos os casos de uso é quase nula.

7 anos atrás

xkcd-standards

Dizem que padrões são uma coisa boa, e exatamente por isso temos tantos. Como o XKCD demonstrou sabiamente nós vivemos caindo na armadilha de que existem padrões demais, e o que precisamos é criar um formato que se aplique em todos os casos de uso e seja compatível com os anteriores.

A realidade demonstrou mais de uma vez que o resultado é exatamente o contrário: ao invés de termos um padrão para todas as situações acabamos com mais um, que se une aos demais por uma série de fatores (baixa adesão, não cobre formatos mais recentes, sabotagem de parceiros e etc.). Vide o conector Thunderbolt, que nunca conseguiu deslanchar ainda que seja superior ao USB (isso pode mudar) e mesmo esse não possui um padrão único, algo que o Type-C promete resolver.

Formatos de vídeo, áudio, mesma coisa. Sempre aparece alguém querendo padronizar os casos de uso e a solução mágica é oferecer um novo padrão, que não será adotado por todo mundo e no fim das contas só aumentará a confusão. E agora o Google entra nessa seara ao propor a uniformização do formato de imagens para web. Como? Com um novo formato, obviamente.

Ontem o Google publicou no Github uma coleção de arquivos relativos a um novo formato para a web, chamado Pik. A ideia é fornecer um novo método de compactação de modo a perder menos informações, provendo sites que sejam mais leves mantendo a qualidade de suas imagens. Muito provavelmente há código do Guetzli envolvido, seu algoritmo de compressão que beira a magia negra mas que até então estava bastante cru e mal otimizado.

O Google não é estranho à iniciativa de implementar novos padrões para a web. Em 2010 a empresa anunciou o WebP, um formato que prometia matar o JPEG ao se mostrar até 40% mais eficiente. Ok, de fato era mas a adesão pela net foi basicamente nula. A insistência de Mountain View em continuar nessa briga talvez se dê pelo fato de que o Pik seja bem melhor que seu antecessor, ainda mais se for provado como um produto final do Guetzli.

O Google não deu maiores explicações sobre o formato .pik, apenas forneceu a documentação e um encoder/decoder para quem quiser fazer algumas experiências. O processo de desenvolvimento está no início e não há nenhuma previsão de quando ele será implementado.

Quanto a substituir o JPEG e se tornar padrão para a web, tenho más notícias: a Apple já investe em um formato proprietário para o mesmo fim chamado HEIF, e todo mundo já sabe no que isso vai dar.

Fonte: 9to5Google.

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