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Tencent compra desenvolvedora de Clash of Clans por US$ 8,6 bilhões

Por impressionantes US$ 8,6 bilhões, a Tencent anunciou que comprará 84% das ações da Supercell, estúdio finlandês mais conhecido pelo jogo Clash of Clans.

8 anos atrás

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Nós vivemos a era das super-aquisições. Repare como tem se tornado cada vez mais comum uma megacorporação pagar vários bilhões de dólares por uma empresa que muitas vezes vive praticamente de apenas um produto e o último caso assim envolve a Tencent e a Supercell.

Com 73% da ações da desenvolvedora finlandesa pertencendo ao SoftBank, nas últimas semanas começaram a correr rumores de que os japoneses estavam interessados em se desfazer da sua parte. Foi então que a Tencent decidiu entrar na brincadeira e, por impressionantes US$ 8,6 bilhões, garantisse os direitos sobre 84% do estúdio, num negócio que superou até os US$ 5,9 bilhões que a Activision Blizzard pagou ano passado pelos criadores do Candy Crush Saga.

Embora conte em seu portfólio com outros títulos que fazem sucesso, como o Clash Royale e o Hay Day, o carro chefe da Supercell sempre foi o Clash of Clans, jogo que em 2014 ganhou as manchetes após um hacker supostamente ter descoberto que só num dia daquele ano o game teria rendido mais de US$ 5 milhões à desenvolvedora, o que serve para explicar o interesse dos chineses. Vale citar ainda que essa não é a primeira desenvolvedora de jogos que passa a atuar sob as asas da Tencent, com a Riot “League of Legends” Games sendo uma e a Epic Games sendo outra.

Contudo, o investimento feito pela Tencent também teria muito a ver com a briga que a companhia tem travado com suas concorrentes locais, mais precisamente a Baidu Inc. e o Alibaba Group, dupla que ultimamente não tem medido esforços para adquirir outras empresas de tecnologia.

De acordo com Martin Lau, presidente da companhia chinesa, a intenção é preservar a independência da Supercell, mesmo tendo dito que agora eles partirão em busca de co-investidores, mas o plano é fazer com que a Tecent mantenha pelo menos 50% dos direitos a voto.

O negócio serve também para mostrar que mesmo sendo tão odiado por boa parte dos jogadores, se bem aproveitado o modelo free-to-play pode ser extremamente rentável para as criadoras e editoras de jogos, o que explica porque tantas empresa tem se aventurado por esse mercado e algumas mais tradicionais tem até abandonado a criação de obras de grande porte, como por exemplo a Konami.

A dúvida agora é sobre quem será o próximo a pagar uma fortuna por outra “banda de uma música só”.

Fonte: Bloomberg.

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