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A Segunda Tela — como a indústria falhou miseravelmente em prever o futuro

A Segunda Tela é uma realidade, mas não como os marketeiros e executivos de TV imaginavam. Na verdade eles falharam miseravelmente em prever como ela aconteceria.

8 anos atrás

SecondScreen

Existem duas formas de falhar miseravelmente em prever o futuro. Uma é tentar prever o futuro, a outra é tentar forçar o futuro. Quando os analistas decidiram que a Segunda Tela seria o canal do sucesso, conseguiram errar das duas formas ao mesmo tempo.

O conceito em si é legítimo: tablets e smartphones são usados durante o consumo de mídia. Se expandirmos a mídia para eles temos novas oportunidades de publicidade. Nisso surgiram apps que acompanhavam áudio da TV e determinavam que parte do filme estava passando, e mostravam informações (irrelevantes) relacionadas com a cena.

Havia apps onde você podia obter mais informações sobre o personagem na tela, complementando o episódio, mas todas elas falharam por um simples e óbvio detalhe: as pessoas querem assistir ao filme, não perder partes dele lendo sobre ele.

Segunda Tela foi tentada em games, em TV mas ninguém percebeu o óbvio: as pessoas querem interação, não informação fria e factual. Todas as propostas de segunda tela se baseavam nos produtores do Sagrado Conteúdo, que seria distribuído ao populacho, que por sua vez ficaria agradecido por ter aquilo, de graça.

Nenhuma solução trabalhou a idéia de comunidade. O máximo de social eram ferramentas de criação de memes. Não houve interesse em agregar os fãs, que se agregaram sozinhos, principalmente no Twitter. Quando os produtores perceberam, era tarde demais. O futuro havia chegado e a Segunda Tela estava na mão dos usuários, não dos estúdios.

Não vou dizer que é um final feliz, Dr Manhattan ensinou que nada termina, mas foi uma vitória e tanto: a experiência de ver TV mudou com as redes sociais. Não é mais solitária, e isso é ótimo.

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