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Prova #7831212 de que Brasil Odeia Ciência: um Supercomputador desligado por falta de pagamento

Adivinhe qual país tem o maior supercomputador da América Latina. Agora adivinhe qual país tem o maior supercomputador da América Latina parado por falta de grana pra conta de luz. Adivinhou?

8 anos atrás

2001

Em 2001 foi um perrengue desligar o HAL9000. Frank Poole foi pra vala, Dave Bownman quase bate as botas tendo que respirar vácuo por mais tempo que o recomendado pelo Ministério da Saúde e o computador estava tão integrado aos sistema da nave que a solução foi desabilitar todas as funções mentais superiores, até que o pobre HAL se limitasse a printar em seu terminal mensagens FORA TEMER! É GOLPE e Vai Pra Cuba, Petralha!.

No Brasil é muito mais simples. Nunca passaremos pelo perigo de um supercomputador assumir o controle de nosso arsenal nuclear como em Colossus: The Forbin Project, nossas salvaguardas são melhores que quaisquer 3 Leis da Robótica de Asimov: nossa defesa é a incompetência natural do brasileiro e nosso desgosto pela Ciência.

Isso é demonstrando com o SDumont, um monstro projetado pela francesa Bull com 1,1 milhão de núcleos de GPU; 18.441 núcleos de CPU, capacidade de processamento de 1,1 petaflop/s e potência total de 0,4 Crysis.

Ele fica no Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis. Pode ser usado pela comunidade científica nacional em projetos de engenharia aeroespacial, microbiologia, biologia sintética, simulações climáticas e tudo mais. O período de propostas iniciais se encerrou em maio e ele está pronto pra ser usado.

Ou melhor, estaria. O supercomputador de R$ 60 milhões foi desligado. O LNCC ficou sem verba pra pagar a conta de luz, R$ 500 mil por mês e os seis projetos em andamento e 75 na fila foram paralisados.

A infra toda foi afetada, não há grana ou energia para alimentar as bombas do sistema de resfriamento, que agora ficarão paradas correndo risco de deterioração. O país que tem R$ 500 mil pra bancar o mês de um Cunha não tem pra bancar ciência.

Depois não sabem porque a Índia chegou em Marte e nossa maior contribuição à ciência é a Fosfoetanolamina.

Fonte: CBN, tks ao Rafael pela dica.

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