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Update forçado do Windows 10 custou US$ 10 mil à Microsoft

Usuária da Califórnia processou a Microsoft após update indesejado do Windows 10 prejudicar seus negócios; Microsoft acordou pagar US$ 10 mil por fora.

8 anos atrás

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Desde o lançamento do Windows 10 a Microsoft vem adotando medidas extremas para forçar todo mundo a migrar para a versão mais recente de seu sistema operacional, mesmo que isso signifique irritar muita gente. Só que essa política de entubar o update goela abaixo de seus consumidores recentemente custou caro à Redmond. US$ 10 mil para ser exato.

Teri Goldstein, residente de Sausalito, Califórnia recentemente se viu às voltas com um problema daqueles: seu computador Windows, elegível para a atualização gratuita do SO baixou os arquivos de instalação e teria dado início ao processo sem que nada tivesse sido solicitado, com a Microsoft realmente forçando a barra. Ela não é a única a fazer tal acusação, embora o cenário hoje seja do Windows baixar os arquivos sem solicitação e ficar enchendo o saco do usuário para fazer o update, algumas pessoas já declararam que o computador deu início em todo o processo sozinho.

Entretanto, para infortúnio de Goldstein o processo de atualização não só deu chabu como comprometeu seu computador, que ficou instável e reiniciando constantemente, o que o tornou praticamente inoperante. Como dependia do PC para trabalhar ela não só perdeu dinheiro nesse meio tempo como se viu obrigada a comprar outro computador, já que o suporte não resolveu seu problema.

Indignada, Goldstein invocou o processinho e colocou a Microsoft no pau, exigindo compensações pela despesa com o novo hardware e o prejuízo que ela teve durante o tempo que ficou sem computador. No último mês saiu o resultado: ela venceu a disputa, Redmond inicialmente recorreu mas acabou desistindo, o estrago já estava feito e fazer o certo renderia mais pontos do que estender a briga. Assim sendo a cliente recebeu uma compensação de US$ 10 mil pelos danos e despesas.

A gente entende que a Microsoft definiu uma meta de que o Windows 10 deve estar presente em 3 bilhões de computadores até 2018, mas forçar o update não é a melhor opção. Usuários das versões anteriores, principalmente do Windows 7 preferem não migrar ainda em geral por causa do suporte ao legado, muitos softwares ainda não são compatíveis com o novo SO e em ambientes de produção, isso significa um mundo de problemas caso o update seja empurrado à força. No entanto Redmond parece que não está nem aí, ela tem planos para inclusive depreciar o Windows 7 mesmo tendo prometido manter o suporte até 2020, significando que a segurança da versão legada poderá em breve ficar cheia de buracos, colocados lá de forma intencional. Dessa forma, migrar para o Windows 10 seria a opção mais lógica no que tange à segurança.

Só que o tiro está saindo pela culatra. Pela primeira vez em muitos anos o market share do Windows caiu para abaixo de 90%, visto que uma pequena parcela de usuários está migrando para o Mac. Ainda que os motivos sejam um tanto específicos (compatibilidade em estúdios é um deles), é preciso admitir que usuários descontentes com a política atual do Windows para com as atualizações pode ser outro fator que está afugentando os usuários, que encontram no macOS um sistema mais estável. Pior para a Microsoft.

Fonte: The Seattle Times.

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