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John Romero fala sobre a violência nos games

Criador do Doom diz que a culpa pela violência não está nos games, nem nos jogadores, mas nas armas e na cultura. Alguém discorda?

7 anos atrás

doom

Por muitos anos temos visto os games serem acusados de formarem assassinos e se existe um jogo que pode ser considerado aquele que deu início à essa histeria, foi o Doom. Mesmo tendo se passado mais de 20 anos desde o seu lançamento, ainda hoje é relativamente comum vermos algumas pessoas apontando o dedo para o FPS. Mas você já se perguntou o que um dos seus criadores pensa sobre tudo isso?

Pois ao participar da GameOn Ventures em Toronto, John Romero falou sobre o assunto e assim como muitos apaixonados por jogos eletrônicos, afirmou que o problema é muito maior do que apenas um ou outro jogo violento.

Acredito que os jogos são culturais e que a violência que vemos no mundo vai muito além disso. Muitos países jogam games. Canadá, Alemanha, Japão, Inglaterra, Irlanda… Todos são grandes consumidores de jogos, mas ainda assim não vemos surtos de violências nesses países. Não é o jogo, é a arma. Não é o computador, é a cultura. Não é o jogador.

Se eu não estivesse escrevendo esse texto, provavelmente estaria de pé aplaudindo a declaração de Romero, por mais que ela possa parecer tão óbvia para qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso. E penso assim principalmente por achar que o game designer não fez apenas uma defesa barata do seu produto e sim chamou a atenção para tudo o que vem acontecendo nos Estados Unidos.

Mas John Romero também tinha uma opinião interessante em relação a um tema um pouco menos polêmico, que são as obras que muitos não consideram games, como Her Story, Life is Strange e Gone Home. Veja:

Jogos de computador não eram games de acordo com pessoas que jogavam jogos de tabuleiro na década de 70, enquanto que jogos de consoles não eram games para pessoas que jogavam no computador na década de 80… Conforme expandimos os limites dos games, as pessoas questionam se eles são games ou não. O Gone Home é um jogo? O Life is Strange é um jogo? O Her Story é um jogo? Sim, eu acho que sim.

Por se tratar de uma das primeiras celebridades do mundo dos games e alguém que gostava de andar por aí ostentando Ferraris e belas mulheres, confesso ter ficado um pouco surpreso com tais posicionamentos de Romero. No entanto, talvez a culpa por isso seja toda minha, que criei uma imagem do sujeito que possivelmente não corresponda a realidade. Pelo menos não ultimamente.

Fonte: GamesIndustry.

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