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O segredinho que a Internet das Coisas não quer que você saiba

YAY Internet das Coisas. É lindo é maravilhoso é o futuro, certo? Mais ou menos. Fora o hype o conceito é muito bom, mas há um detalhe que ninguém está mencionando, e é fundamental.

8 anos atrás

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Queria Internet das Coisas? Agora entuba.

Admito, já fui bem cético com a Internet das Coisas. Aos poucos, conversando com gente da Autodesk, SAP, PTC fui percebendo que o conceito é revolucionário, e de forma alguma é definido por idéias retardadas como uma caixa de ovos “inteligente” que avisa a seu smartphone quantos ovos você tem.

Não é a geladeira inteligente que vai salvar o mundo, é a gaveta de insulina inteligente da geladeira, é o seu relógio que vai detectar uma variação aguda na sua glicemia, é seu carro que vai detectar uma provável falha na Unidade AE-35, e sozinho chamará o reboque ou dirigirá por conta própria até a autorizada, ao mesmo tempo em que chama um carro-reserva.

Internet das Coisas é seu fogão, que ao perceber que não há ninguém em casa e está ligado, avisa seu celular e pergunta se deve desligar o fogo.

Todas essas coisas demandam automação simples e inteligência discreta. Seu fogão não precisa passar no Teste de Turing.

Só que todas essas coisas são baseadas em um modelo insustentável: o fabricante te vende o produto, cobra uma vez e o serviço vem embutido. Não há como ser assim. Há toda uma infraestrutura por trás e isso tem um custo.

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Mesmo os Teslas, que no momento oferecem 4 anos de conectividade grátis para seus carros. No final desse período provavelmente cobrarão.

A tal Internet das Coisas tende a virar a Internet das Assinaturas, com um monte de fabricantes diferentes cobrando por seus serviços, afinal as Coisas da Internet além do backend precisam de atualizações de segurança, upgrades de firmware, etc.

Essa quantidade de assinaturas irá se acumular muito rapidamente, e em muitos casos se tornará inviável. A única solução para que a Internet das Coisas dê certo é se essa cobrança foi concentrada em um único valor, e razoável, mas as empresas estarão dispostas a receber US$ 1,00 em vez de US$ 5,00?

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