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Hughes anuncia serviço de banda larga por satélite no Brasil

O HughesNet é um serviço de internet por satélite destinado a regiões remotas que começa a ser vendido no Brasil em julho.

8 anos atrás

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Num evento em São Paulo, a Hughes anunciou a chegada do seu serviço de banda larga por satélite no Brasil. A empresa tem cerca de 1,3 milhão de assinantes do serviço nos Estados Unidos e está presente no Brasil desde 1968 mas oferecia equipamentos e serviços apenas para grandes empresas.

A partir de primeiro de julho estará disponível o HughesNet, com velocidades a partir de 10 Mb/s e R$ 249/mês. O Brasil é o primeiro país fora dos Estados Unidos onde a Hughes oferece esse tipo de serviço com satélites da banda Ka, que segundo a empresa possui um custo de banda bem inferior à outras tecnologias de satélite.

A cobertura será lançada em três fases: a primeira, que começa agora em julho, cobrirá os estados mais ao leste do país, além de Brasília, Campo Grande e Cuiabá. Nessa primeira fase, quatro mil municípios serão atendidos. A segunda fase pretende cobrir mais 900 municípios em 2018, e a terceira fase pretende cobrir o país todo, chegando a 5.560 cidades em 2020.

Por ser uma conexão por satélite, a latência é bem alta, entre 600 e 800 milissegundos. A empresa disponibilizou uma conexão de 25 Mb (compartilhada entre 3 computadores) para testes durante o evento e a velocidade era um tanto instável: muitas vezes ficava abaixo dos 5 Mb/s, mas também acontecia de exceder a velocidade nominal por várias vezes, chegando a quase 50 Mb/s.

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Os planos da HughesNet têm franquia de dados bastante limitada, sendo a maior para uso comercial de 25 GB. Um detalhe bastante interessante é que existe também uma franquia extra — maior que a principal — fora do horário de pico. Com isso dá pra agendar alguns updates e downloads para a madrugada e poupar um pouco a franquia.

Ainda assim o cliente não perderá a conexão quando estourar a franquia, mas terá a velocidade limitada entre 500 kb/s e 1 Mb/s.

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Os valores são bastante altos se comparados com uma banda larga fixa, mas a Hughes diz que o público alvo são regiões remotas onde a conexão disponível é inferior ou nem mesmo existe alguma forma de conexão à internet. Por isso, não haverá campanha de marketing nacional e a empresa não pretende focar em mercados como São Paulo, onde existe ampla concorrência de operadoras de internet fixa, com custo/benefício mais interessante que por satélite.

Considerando que a empresa vê o lançamento no Brasil como um teste para uma possível expansão para o restante da América do Sul, deixar de atender algumas regiões é até mesmo interessante, já que evita a saturação do satélite prematuramente.

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