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BREAKING NEWS! Grupo SoftBank compra ARM por US$ 32 bilhões

De olho na Internet das Coisas, Grupo SoftBank adquire a britânica ARM por US$ 32 bilhões; chips da companhia estão presentes em 95% dos smartphones.

8 anos atrás

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Essa é para derrubar todo mundo da cadeira logo numa manhã de segunda-feira: a ARM, companhia de semicondutores responsável pela arquitetura presente em diversos de nossos dispositivos cotidianos fechou um acordo de venda com o SoftBank, conglomerado japonês de telecomunicações pela faraônica quantia de US$ 32 bilhões de dólares — 40% acima do valor de mercado quando do fechamento das bolsas de valores na sexta-feira.

A negociação é tão séria quanto se pode supor: os japoneses irão pagar £ 24,3 bilhões em dinheiro vivo, o que equivale hoje a mais de R$ 105 bilhões. A jogada do SoftBank em adquirir a ARM visa fortalecer o alcance da companhia mo crescente mercado da Internet das Coisas (o de verdade), só que o domínio da empresa de semicondutores vai muito, muito além disso.

Hoje a arquitetura Cortex da ARM está presente em nada menos que 95% de todos os smartphones do planeta. Fabricantes como Samsung, MediaTel e Qualcomm são seus principais clientes e no caso da gigante sul-coreana, a patente é empregada nos chips tanto de seus próprios aparelhos quanto nos processadores que equipam os iPhones. A TSMC, que também utiliza arquitetura ARM também fornece chips para a maçã. A alta eficiência energética dos chips ARM lhes permitiu serem empregados em produtos diversos, de câmeras de segurança a roteadores, passando for dispositivos Bluetooth e modems 4G. Há um chip de processamento secundário da ARM no PS4. É seguro dizer que hoje em dia há pouquíssimos gadgets que não possuam os semicondutores da companhia inglesa.

Foi justamente a excelente eficiência energética que encheu os olhos da SoftBank: em 2015 mais da metade dos mais de 4,1 bilhões de chips vendidos para terceiros no primeiro trimestre não foram direcionados ao mercado de smartphones e tablets, sem contar as aquisições recentes de empresas voltadas à IoT como a Wicentric e a Sunrise, que trabalham com tecnologias Bluetooth; a compra das empresas de segurança Sansa e Offspark e o desenvolvimento do sistema operacional mbed, totalmente voltado à Internet das Coisas também aguçou o apetite dos japoneses.

O CEO Masayoshi Son foi bem claro quanto à isso:

A ARM será uma importante adição estratégica à SoftBank, enquanto procuramos capturar cada oportunidade significativa provida pelo mercado de Internet das Coisas (…). Esta é uma das aquisições mais importante que já fizemos.”

Claro que o mercado tradicional também representará grandes lucros: o setor mobile representou dois terços da receita com royalties no Q1, portanto apesar de não ser o foco principal da SoftBank, os ganhos com a venda de chips para manufaturas de SoCs para smartphones, teblets e outros equipamentos não-IoT não pode e não será desprezada.

Operacionalmente nada muda: a ARM permanecerá em Cambridge, na Inglaterra e a parceria com a universidade britânica local será mantida. O quadro de funcionários será dobrado e a meta é expandi-la para demais países em até cinco anos.

Fonte: Reuters.

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