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Quando fui enganado pela configuração recomendada para um jogo

Após passar um bom tempo achando que meu PC não rodaria o Middle-earth: Shadow of Mordor, resolvi arriscar e descobri que a configuração mínima recomendada não significa muita coisa.

8 anos atrás

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Como eu ainda não pulei para a atual geração de consoles, nos últimos meses o PC acabou se tornando a minha plataforma principal, mas por se tratar de uma máquina bem antiga, eu sabia que cedo ou tarde seria impedido de jogar os últimos lançamentos.

O primeiro baque neste sentido surgiu quando a Warner lançou o Middle-earth: Shadow of Mordor. Ao ver as configurações mínimas recomendadas para ele notei que o processador da minha máquina, um Phenom II X4 955 Black Edition, não era suportado e tentei aceitar a situação. Porém, ao ver tantos elogios por boa parte das pessoas que o jogaram, eu até cogitei adquirir o jogo para o Xbox 360 ou PlayStation 3, mas devido aos vários relatos sobre estas versões serem muito ruins, desisti da ideia.

O problema é que a vontade de conhecer um título tão adorado continuava e a cada nova promoção batia aquela vontade de arriscar, afinal meu PC estava a apenas um passo do mínimo pedido, até que na semana passada eu cheguei a conclusão de que estava na hora de apostar e fiz a compra. Surgia então o primeiro problema.

phenon-955No Steam o Shadow of Mordor é um download de mais de 40 GB, sendo que baixar tudo isso poderia resultar numa enorme frustração, mas se eu tinha ido até ali, não poderia desistir. Várias horas depois, iniciei o jogo e para minha total surpresa cheguei ao menu sem nenhuma dificuldade. Aquilo não significava que o game rodaria (ainda por cima bem), mas pelo menos não fui barrado por alguma tela de erro.

Após dar uma olhada nas opções e ver que a configuração recomendada estava bem acima do mínimo, mandei começar a campanha e BOOM! Não, o computador felizmente não explodiu. O que aconteceu foi que o jogo iniciou normalmente, sem quedas acentuadas de frames no tutorial e tenho certeza que se houvesse uma câmera me filmando naquele momento, seria possível ver um sorriso debochado no meu rosto. Caramba, eu havia burlado o sistema! O céu era o limite!

Mas falando sério agora, continuei jogando mais um pouco e logo comecei a reparar um nível bem elevado de tearing na tela, mesmo com o V-Sync ligado e aquilo estava incomodando bastante, principalmente porque comecei a associar o problema ao CPU. Meu medo era de que o componente estivesse sendo forçado demais e que até pudesse ser danificado.

Após procurar um pouco e descobrir que vários jogadores estavam com o mesmo problema, resolvi fazer o teste de rodar o jogo no modo janela sem borda e vejam só, desde então não tenho visto qualquer “artefato” na tela e mesmo tendo aumentado a configuração para quase o máximo, o Middle-earth: Shadow of Mordor continua rodando lindamente aqui, com uma taxa de atualização de frames bastante estável.

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O que aprendi nisso tudo? Primeiro que as configurações recomendadas são exatamente isso, recomendadas e não uma barreira que defina taxativamente que um jogo não rodará no nosso PC. Eu não lembro de já ter tentado rodar um game num PC que estivesse abaixo dessa “linha de corte”, mas acho que subconscientemente sempre imaginei que numa situação desta o título nem iniciaria.

O triste nisso tudo é que se a desenvolvedora tivesse disponibilizado uma demo eu não precisaria ter passado tanto tempo na dúvida, algo que por sinal aconteceu com o Dying Light, que eu achava que não rodaria bem aqui e só depois de testá-lo pude ter certeza que valia o investimento, afinal ele está rodando com tudo no máximo.

Também é importante dizer que a minha GeForce GTX 680 parece estar exercendo um papel importante em aguentar esses jogos mais novos e a sensação que tenho após ver esses dois games rodando aqui é de que primeiro: a placa de vídeo atualmente é muito mais importante do que o processador; e segundo: o CPU que adquiri há uns cinco anos é muito melhor do que eu jamais pude imaginar.

Hmmm, e tem gente que defende que jogar no PC significa fazer upgrade a cada seis meses…

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