Emanuel Laguna 8 anos e meio atrás
Um dos maiores perigos no espaço é ser atingido por micro-meteoritos e tantos outros pequenos fragmentos indetectáveis de lixo espacial em alta velocidade. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, conta com belos escudos que vaporizam tais pequenos projéteis mas o que fazer quando aqueles falham?
O ideal seria contar com uma linha de defesa adicional, de preferência uma que cure a si mesma. Ou ao menos uma que evite que a única atmosfera da espaçonave escape rapidamente.
Uma proposta bastante interessante foi publicada pelo periódico ACS Macro Letters da Sociedade Norte-Americana de Química: um novo polímero que consegue se regenerar de forma bem rápida após ser perfurado.
American Chemical Society — ‘Terminator’-style material heals itself
Pelo vídeo acima, podemos perceber que equipe de pesquisadores fez uma espécie de sanduíche composto por duas camadas do novo polímero e o ingrediente-chave: uma forma líquida do tal polímero que, ao reagir com o oxigênio, forma um tampão sólido em menos de 1 segundo na perfuração feita pelo projétil. Este novo material é composto de um tipo de resina líquida chamado tiol-eno-tri-alquil-borano.
Embora a pesquisa tenha vindo de uma equipe de cientistas patrocinada pela NASA, a tecnologia também poderia ser muito útil na indústria automotiva (quem usa carro blindado no Brasil sabe o quanto é feio ficar com buraco de bala no para-brisa após passear pelo morro) e na construção civil.
O tio Laguna vê tal tecnologia como uma espécie de evolução do conceito que percebo na cola instantânea: fure o tubo de Super Bonder e, em teoria, ele protege o restante da cola de secar. Se bem que é mais fácil você sujar as mãos antes. Sei por experiência própria.
Fontes: Engadget, Extreme Tech e Fortune.