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Médicos começam a testar animação suspensa em humanos

Pesquisadores de Pittsburgh vão empregar método de animação suspensa para realizar cirurgias em pacientes com ferimentos severos

10 anos atrás

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O tempo passa e cada vez mais vamos adentrando na ficção científica, ainda que neste caso a equipe envolvida se recuse a utilizar o termo mais conhecido por preocupação de relacionar a técnica com o que se vê em gibis e filmes. Em todo caso, pesquisadores do centro médico universitário do Hospital Presbiteriano de Pittsburgh vão pela primeira vez utilizar um método de animação suspensa (ou no caso, ressuscitação e reanimação de emergência) em pacientes com traumas severos que impossibilitam cirurgias convencionais.

Diferente do que muita gente deve estar pensando, ninguém será colocado no gelo para tirar um cochilo de 70 anos, esperando para ser tratado por médicos do futuro. O processo é um pouco mais complexo: consiste em reduzir a temperatura corporal do paciente para 10º C injetando uma solução salina resfriada diretamente na aorta, causando um estado de hiportemia controlada onde as funções vitais desaceleram, quase fazendo com que o paciente "hiberne". É semelhante ao caso recente do garoto que quase congelou ao se esconder no trem de pouso de um avião, numa viagem de cinco horas da Califórnia ao Havaí.

O Dr. Samuel Tisherman, cirurgião-chefe e responsável pelo experimento admite que o que estão fazendo é um método de animação suspensa, mas não quer utilizar o termo por "parecer ficção científica". A técnica foi desenvolvida pelo Dr. Peter Rhee, que conseguiu utilizar o método com sucesso ao realizar cirurgias em porcos em 2000. Em 2006 os resultados de sua pesquisa foram publicados. Dez pacientes com ferimentos que caso tratados normalmente tem grandes chances de resultar em óbito serão submetidos ao procedimento. Entretanto há limitações: o estado de preservação só pode ser mantido por quatro horas, o que impossibilita qualquer um que deseje se congelar por uns mil anos. Mas já é o suficiente para possibilitar que médicos salvem mais vidas.

Fonte: ACR via E.

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