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fire Phone não está agradando a crítica norte-americana

Lançado oficialmente hoje nos EUA, fire Phone está sendo malhado pela crítica; principal acusação é de ser um botão de "Compre Agora" da Amazon portátil

10 anos atrás

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Parece que a primeira empreitada da Amazon em se fazer presente no mercado de smartphones não está indo muito bem, ao menos aos olhos da crítica. Lançado oficialmente hoje nos Estados Unidos, o fire Phone é na teoria um aparelho muito interessante, dotado de recursos que poderiam ser bem interessantes, mas o consenso geral dos primeiros jornalistas e veículos que colocaram suas mãozinhas nele é que para se posicionar como concorrente sério do iPhone e Androids de ponta, ele ainda precisa comer muito feijão.

A maioria dos reviews publicados pelos veículos norte-americanos apontam para a mesma direção: como smartphone ele peca por não entregar nada de diferente, além de estar preso aos serviços da Amazon com cadeado. Do ponto de vista geral, ele seria algo que o Matheus já havia mencionado antes: o fire Phone não passa de um grande botão de "Compre Agora" da Amazon que você leva no bolso o tempo todo. Não só por causa do Firefly, mas o aparelho em si foi concebido de forma a empurrar o usuário inevitavelmente para um ad de produto anunciado na lojinha do Jeff Bezos.

A principal reclamação é que o hardware no fire Phone, além de estar levemente defasado (ele conta com o Snapdragon 800, que foi onipresentes em smartphones... de 2013) teria sido colado de qualquer jeito, o que entregaria uma performance pífia para os padrões dos high-ends de hoje. Em termos gerais, ele não ameaça nenhum dos seus pretensos concorrentes como o iPhone 5s, o Galaxy S5 ou o LG G3.

Por fim, o que mais incomoda é o preço. Com um hardware de um ano atrás e não passando de um aparelho para vender itens da Amazon, o preço de US$ 649 no modelo de 32 GB chega a ser uma afronta, e adquirí-lo através de um plano de dados da AT&T por US$ 199 não ajuda em nada o fato de que um power user não se sentirá atraído por ele. Entretanto, um cliente assíduo da Amazon e que está profundamente ligado ao ecossistema dos produtos Kindle poderá extrair mais dele. A oferta de um ano do Amazon Prime (entregas de graça em até dois dias nos Estados Unidos) pode ser algo vantajoso para alguns.

Sendo sincero, a Amazon não está entregando um smartphone, mas um facilitador de suas próprias operações, o que não é de todo errado: a Apple faz isso, Google também, Microsoft idem. O problema é a forma indecente que ele faz isso, já que o fire Phone está o tempo todo coletando dados ao redor para oferecer produtos que interessem ao usuário. E claro, posicioná-lo como aparelho high-end o coloca como rival dos outros tops automaticamente querendo ou não, e ele falha em entregar uma experiência satisfatória. Walt Mossberg do re/code talvez tenha resumido bem: ele é perfeito para quem está plenamente integrado ao ecossistema da Amazon, mas para concorrer com iPhone e cia., Bezos terá que fazer melhor.

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