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Community pode ser revivida pelo Hulu

Aos fãs de Community e de tantas outras séries, uma boa notícia: a moda inaugurada pelo Netflix, de ressuscitar séries canceladas parece que pegou. O Hulu está em negociações com a Sony para trazer Greendale de volta, e isso é só o começo!

10 anos atrás

annie

Community é uma daquelas séries que a gente vê de relance e não bota fé, como Arrested Development e Supernatural, ainda mais pela aparência “normal” em uma vista superficial. Vista com atenção, entretanto, tudo muda. É a série mais repleta de referências pop que já assisti, mas nenhuma gratuita. Não me entendam mal, a cena de Indiana Jones em The Big Bang Theory foi ótima mas foi a referência pela referência.

Community conseguia brincar com texto, com formato e com os atores. Um dos episódios se resumiu aos personagens jogando Dungeons & Dragons, sem efeitos especiais, nada. Em outro a história foi contada em um videogame de 16 bits, em outro fizeram uma paródia de GI Joe. 

Com tudo isso era natural que Community não agradasse ao grande público, e a audiência nunca foi grande coisa. Brigas internas afastaram o criador da série, logo depois Chevy Chase, em um ataque de estrelismo Chevy Chase pediu as contas, e só um milagre garantiria uma quarta temporada. Ela veio, e uma quinta, mas os números não colaboravam. Community teve seu final, mas não cumpriu a meta de Seis Temporadas e Um Filme, estabelecida no primeiro episódio.

Dan Harmon, criador da série não tinha muita esperança em uma renovação, e preparou os fãs para aceitar o destino, mas agora uma luz surge no fim do túnel, e vem do Hulu. Desconhecido no Brasil mas extremamente popular nos EUA, o serviço segue o modelo tradicional de passar conteúdo com intervalos comerciais, além de oferecer uma assinatura paga.

Assim como Netflix e Amazon, estão investindo em conteúdo original, mas isso é arriscado e implica em um dinheiro que não possuem. Há consenso no meio que a Netflix perde dinheiro com House of Cards, uma temporada custa mais de US$ 100 milhões, mas isso não só atrai novos assinantes como ajuda a legitimar o formato como fonte séria de conteúdo.

Claro que tiveram um episódio com fantoches.

O que pouca gente sabe é que House of Cards não é original. A versão americana é baseada na inglesa, que por sua vez é adaptação de um livro de Michael Dobbs. Investir tanto dinheiro em algo não-testado é perigoso. Por isso outro alvo da Netflix é a audiência de nicho. Foram muito bem-sucedidos ao salvarem Arrested Development, outra série elogiada pela crítica mas com audiência pífia.

Mesmo assim havia uma fanbase fiel: mesmo cancelada em 2006, os fãs ainda faziam barulho. Provavelmente pagando um saco de pitombas e duas Narjaras Turetas a Netflix adquiriu os direitos para produzir uma última temporada, que foi ao ar em 2013. Milhares de fãs, eternamente gratos assinaram o serviço como forma de recompensar a Netflix.

Agora o Hulu está em negociações com a Sony para produzir uma sexta temporada de Community. É uma aposta certeira: a série terminou com 2,87 milhões de espectadores, contando só audiência de TV, fora DVDs, iTunes e a locadora do Paulo Coelho. Os custos são bem mais em conta do que um House of Cards.

Talvez a mídia streaming em sua busca por conteúdo original se torne uma maravilhosa segunda chance para séries canceladas antes do tempo. Seria lindo poder assistir novas demporadas de Firefly, Pushing Daisies, Almost Human e Stargate Universe, que não sobreviveram ao cruelmente darwinista ambiente da TV convencional, mas tem seguidores suficientes para fazer barulho na TV via internet.

Quem viver, verá.

#SixSeasonsAndAMovie

Fonte: Forbes.

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