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NTT vai digitalizar 15 mil manuscritos da Biblioteca Vaticana até 2018

Acordo entre Biblioteca do Vaticano e empresa japonesa NTT prevê digitalizar 15 mil de um total de 82 mil manuscritos até 2018 a um custo de US$ 22 milhões

10 anos atrás

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A Biblioteca Apostólica Vaticana pode não ser a maior, mas é a mais antiga da Europa e uma das mais importantes do mundo, dada a quantidade astronômica de compêndios arquivados e a importância de muitos deles. Apesar de ter sido estabelecida em 1448 pelo papa Nicolau V ela é bem mais antiga que isso, possuindo entre seus documentos registros do século 5º, como fragmentos antiquíssimos de obras de Virgílio e a Libri Carolini, atribuída a Carlos Magno.

A biblioteca conta com 1,6 milhão de livros e 82 mil manuscritos, e esses últimos começarão a ser disponibilizados para qualquer um via internet em breve. O Vaticano fechou um acordo com a empresa japonesa NTT, que será encarregada de digitalizar todos esses documentos.

O projeto não tem um pingo de pressa. A primeira parte do acordo visa a digitalização de 3.000 manuscritos, entre textos em grego e latim e trabalhos da época da Renascença num período de quatro anos até um total de 15 mil textos até 2018. O custo inicial é de US$ 22,6 milhões, mas poderá ser ampliado até a captura de todos os 82 mil manuscritos da biblioteca, totalizando 41 milhões de páginas digitalizadas. E isso ainda exclui os livros.

Em coletiva de imprensa o prefeito da Biblioteca Vaticana, monsenhor Cesare Pasini disse que “é missão da igreja preservar esses tesouros da humanidade e torná-los mais disponíveis para todos”, algo que o arquivista dos Arquivos Secretos e bibliotecário do Vaticano, arcebispo Jean-Louis Bruguès reforçou: “é missão da Biblioteca levar à periferia as mais diversas culturas”, repetindo uma frase do papa Francisco. Bruguès informou que os documentos que serão digitalizados cobrem a América pré-colombiana até o extremo Oriente, nas mais diversas línguas.

Já o CEO da NTT Toshio Iwamoto se mostrou empolgado em participar desse projeto, e disse que a empresa japonesa vai fazer uso de um formato de armazenamento “altamente sustentável” e vai aplicar metadados de forma a facilitar a consulta por qualquer um. O processo todo vai demorar pacas até pelo cuidado que terão de ter com esses documentos arcaicos, mas é importante que eles sejam de fato preservados pois são parte da história, e não podem ser deixados para sumir com o tempo.

Fonte: Digital Trends.

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