Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Apesar da projeção inicial acerca do crescimento do market share da Nokia não ter se confirmado, ainda assim ela tem mais do que motivos para comemorar: segundo recente pesquisa do AdDuplex, a divisão de dispositivos agora pertencente à Microsoft se tornou responsável por 90% de todo o mercado de smartphones com o sistema das janelas. Ela efetivamente se tornou para o Windows Phone o que a Samsung é para o Android.
Em segundo lugar vem a HTC, que dá ponto de audiência no Android mas segura 7% no Windows Phone 8, ainda que tenha caído 2,8% desde a última medição realizada pelo site, há míseros três meses. A Sammy é a terceira com 1,8% e a Huawei responde pelo 1,2% restante.
As coisas ficam interessantes quando o mercado é dividido em dispositivos. Confirmando as projeções de vendas, o Lumia 520 é um sucesso em todo o mundo, respondendo sozinho por 35,3% de todos os Windows Phones. Como ele não é vendido nos Estados Unidos, o aparelho campeão lá é o Lumia 521, uma variante criada para a operadora T-Mobile, com 22,8%. Em outros mercados domésticos o 520 lidera em todos, com exceção da Alemanha: são 9,9% contra 17,4% do Lumia 920.
Os números em torno do sistema embarcado nos aparelhos utilizados em todo o mundo revela o quanto o mercado cresceu: três quartos de todos os dispositivos rodam Windows Phone 8, enquanto o WP7 está presente em 24,7%. Isso significa que desde o lançamento da nova versão a Microsoft conseguiu triplicar o número de aparelhos vendidos, já que os modelos que rodam a versão anterior não foram atualizados, recebendo apenas um update parcial para a versão 7.8.
Se pensarmos bem a Nokia faz por merecer. Apesar de promover seus dispositivos top de linha, fica evidente que o perfil do consumidor de Windows Phones prefere aparelhos mais em conta mas com qualidade (com exceção dos alemães), e nesse quesito a Nokia sempre foi referência, graças à excelência de seu hardware: cases e displays extremamente resistentes e baterias muito duráveis. Após fechar a parceria com a Microsoft (culminando em sua aquisição) a empresa voltou a ser desejada pelos consumidores, principalmente aqueles que queria algo diferente de iOS ou Android.