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Games, desafios e o futuro da mobilidade - #BeMobile

11 anos atrás

bmc

Estive em Miami semana passada a convite da BlackBerry para a Be Mobile Conference. Um evento onde diversos palestrantes falaram sobre mobilidade, o impacto que a mesma tem sobre nossas vidas, tendências em M2M, Big Data e outros tópicos de grande interesse para o futuro. Porém, a palestra que mais me chamou a atenção foi ministrada por Jane McGonigal, que é especialista em Gamification - aplicação de princípios de design de jogos nos desafios da vida real. Alguns dados interessantes da palestra:

  • Por dia, a humanidade gasta 300 milhões de minutos só jogando Angry Birds. O que equivale a 400 mil anos de tempo somente nesse jogo;
  • Hoje em dia há em torno de 1 bilhão de gamers espalhados pelo mundo;
  • Jogadores de Call of Duty gastam, em média, 170h por ano no jogo, o que equivale a 1 mês de trabalho. No dia do lançamento da última versão do jogo, 1 em cada 4 jogadores disse que estava doente para faltar ou ao trabalho ou a escola (algum leitor do Meio Bit fez isso?);
  • Por semana, 7 bilhões de minutos são gastos em jogos. Ou seja, é como se cada habitante da Terra gastasse 1 minuto em algum jogo toda semana;
  • Os players estão começando cada dia mais cedo, justamente por conta de dispositivos e jogos mobile. 90% das crianças de 2 anos de idade já jogam algum tipo de jogo nos tablets ou celulares dos pais;

jane

Outro dado interessantes para o nosso mercado (América Latina) é que ele cresceu 247% nos últimos 3 anos. Além disso, Jane desmistificou uma série de preconceitos e lendas sobre games, inclusive os violentos. Segundo ela apontou, crianças que jogam videogames são mais criativas e tiram notas até 30% maiores nos testes. Além disso, pesquisas mostraram os sintomas somem em players portadores de TDAH enquanto eles estão jogando videogames. Jogadores com autismo também demonstraram ter suas habilidades sociais desenvolvidas com ajuda dos games.

Talvez a informação mais relevante sobre tudo isso tenha sido a questão da resiliência. Na sua palestra ela mostrou que players fracassam o tempo todo. De fato, em 80% de todo o tempo em que estão jogando. Candy Crush que o diga. O lado bom é que isso desenvolve um senso de persistência e nos torna pessoas mais resilientes, que suportam melhor o fracasso pois aprendemos a conviver e (lidar) com ele.

Numa outra experiência feita com Farmville, onde o objetivo foi extrapolar o jogo para o mundo real, uma rede de pessoas foi criada e conectada para ajudar-se a manter jardins e plantações no mundo real. O resultado da pesquisa mostrou que players que jogam Social Games são mais propensos a ajudar outras pessoas. Houve até um estudo que mostrou que jogos casuais são mais eficientes que remédios para tratamento de ansiedade e depressão.

Para finalizar: Jane também garantiu que em diversos estudos de ponta, jogos violentos não motivaram nem alteraram qualquer tipo de comportamento nos players. Jogar jogos violentos não desenvolve ou estimula atitudes violentas por parte dos players. Ela falou de situações bem específicas onde pessoas com certos tipos de comportamentos pré-existentes possam ter sintomas de agressividade caso joguem jogos violentos demais e em excesso. Mas em geral foram excelentes notícias e um belo respaldo contra quem acha que proibir jogos violentos ajuda a sociedade a combater a violência e o crime.

Ah, e além de tudo ela é bonita e simpática.

Para saber mais, acesse o site da Be Mobile Conference. Neste link você encontra a apresentação dela.

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