Meio Bit » Arquivo » Fotografia » Digidesign Pro Tools 8: batalhando o mercado de produção

Digidesign Pro Tools 8: batalhando o mercado de produção

15 anos atrás

Poucos discordam que o Pro Tools é o que há de melhor e mais poderoso para gravação e mixagem de áudio. Afinal, é improvável que quase todos os grandes estúdios fonográficos do mundo estejam errados. Entretanto, a Digidesign nunca teve tanto sucesso com compositores, artistas e produtores, cujas necessidades são outras. O culpado? A implementação MIDI, fraca se comparada com os concorrentes, como o Logic Pro e o Digital Performer.

Pro Tools 8

A Digidesign anunciou o Pro Tools 8 no início do mês, durante a AES (feira de áudio em San Francisco, USA), e prevê lançá-lo no mercado até o fim do ano. O foco da nova versão, além de uma revisão da interface há muito necessária, são as ferramentas específicas para composição e produção.

O novo editor de notação oferece toda a operação básica necessária para transcrever partes tocadas via MIDI e escrever passagens diretamente em sua interface, porém sem concorrer com a flexibilidade de programas como o Sibelius, com o qual o Pro Tools 8 é compatível. O editor de MIDI, igualmente, ainda não tem toda a gama de ferramentas dos concorrentes mas é bastante funcional, simples de usar e poderoso.

No capítulo interface, chama logo a atenção o design moderno e a possibilidade de customização. Janelas, toolbars, cores, tudo fica à gosto do freguês. A integração da janela de edição principal com as de MIDI e notação é bárbara: clica-se em uma região da trilha na principal e imediatamente ela é espelhada na outra janela, pronta para edição. O revamp, com o uso de cores e mais contraste, atualizou um clássico, sem em nenhum momento alienar os antigos usuários.

O pacote de plug-ins continua um ponto forte. A versão 8 virá com mais de 70 deles, incluindo 20 novos efeitos e 5 novos instrumentos virtuais: DB-33 tonewheel organ (mais um clone de Hammond), Boom (bateria eletrônica), Mini Grand Piano, Xpand2 (sampler) e um sintetizador analógico, o Vacuum. De quebra, ainda tem 8GB de loops.

Outro destaque é o Elastic Pitch, que permite a transposição de tonalidade em tempo real, perfeito para estudar variações de arranjo e até para corrigir uma ou outra nota fora, à la AutoTune. Mais novidades: 10 inserts por trilha, auto-update e integração com QuickTime em resoluções HD.

Para os usuários de Pro Tools LE ou M-Powered, a novidade é o suporte nativo a 48 trilhas de áudio. Com o Complete Production Toolkit, opcional, ganha-se acesso ao Multitrack Beat Detective (um "arrumador" de batidas), janela de timecode e pés/frames (para cinema), DigiBase Pro e DigiTranslator 2.0, exportação MP3, integração com o Pro Tools HD, mixagem surround 7.1 e até 128 trilhas, além de vários ótimos plug-ins.

Pela primeira vez fica claro que é viável produzir um disco, do início ao fim, só com o Pro Tools e uma boa biblioteca de plug-ins. Contanto, claro, que seja um gênero musical que requeira a gravação de "instrumentos de verdade", aproveitando o que ele tem de melhor: gravação e mixagem. Para música eletrônica, ele dificilmente agradará em cheio. Para qualquer outro gênero, o Pro Tools continua imbatível.

Mais informação no site da Digidesign.

relacionados


Comentários