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Robôs Voadores Humanitários Africanos

15 anos e meio atrás

Uma das constantes da tecnologia é que ela sempre se torna mais barata e acessível. Em 1960, ano da a criação do LASER, qualquer equipamento custaria milhões de dólares. Hoje canetas-laser são vendidas em camelôs por R$3,00. Seqüenciamento de genes era quase ficção científica algum tempo atrás, hoje compra-se kits pela Internet. Da mesma forma a tecnologia militar sempre acaba caindo no mundo civil e se popularizando. Nada representa mais a frase “transformar espadas em arados” do que o sistema de satélites de posicionamento global, o GPS. A quantidade de vidas salvas pelo GPS é incalculável. Hoje você só se perde se for muito burro. Ou Padre. E não conseguir ligar o GPS.

A tecnologia dos GPS foi criada pelo Departamento de Defesa dos EUA, para ser usada pelas unidades militares americanas, mas uma decisão de tornar o sistema disponível (embora com menos capacidade) para o público em geral criou toda uma indústria, salvou muitas vidas e abriu espaço para todo tipo de projeto criativo, como os Robôs Voadores Humanitários sendo testados na África do Sul:

pombocibernetico

 

A idéia é levar amostras de sangue e saliva de povoados isolados para laboratórios de análise, sem ter que passar horas de carro em estradas perigosas de terra. O projeto está sendo desenvolvido em conjunto com a empresa Denel Dynamics, mais conhecida por projetar mísseis e UAVs (veículos aéreos não-tripulados). O modelo maior carrega até 500 gramas de carga, o que dá uma boa quantidade de amostras, podendo beneficiar vários pacientes de uma vez. Como são pequenos, não apresentam riscos na queda, digo, pouso.

 

O robô é completamente autônomo, graças à tecnologia GPS, ele sabe para onde ir. Sim, lembra o pombo do Speed Racer. Ao chegar em seu destino, pode simplesmente pousar (ok, cair) ou ser controlado por um operador humano, e então pousar de verdade.



Os resultados são enviados de volta em menos de 24h, via SMS.

Resta aguardar autorização das autoridades aeronáuticas sul-africanas para os testes em condições reais começarem.

 

Via: NewScientist

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