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Análise - Graphic Novel de Metal Gear Solid (Volume 1)

16 anos atrás

Algum tempo atrás fiquei sabendo que a Editora Pixel lançou aqui no país um volume de uma graphic novel baseada no game Metal Gear Solid (que iniciou primeiro no MSX com o primeiro Metal Gear), um dos melhores jogos de todos os tempos e lançado primeiramente para o Playstation, tendo um remake lançado para GameCube depois (fora as suas continuações). Então recentemente vi a revista à venda numa banca daqui da cidade e decidi adquirir um exemplar, apesar do preço ser considerado um pouco salgado para a maioria dos leitores: R$ 32,50. Mas ao folhear o material, vi que o dinheiro foi muito bem investido.

Pelas fotos no final da matéria, você vai ver que é uma revista totalmente colorida, mas na maioria dos quadros tem uma tonalidade verde. Não é igual a muitas HQs que a gente folheia por aí, com os traços definidos e coloridos com muitas cores. Os desenhos são um pouco estranhos, mas por incrível que pareça foram bem empregados para a situação do enredo.

Na verdade, não sou muito chegado a HQs. Mangás até que ando colecionando alguns (como Death Note e Lodoss War), mas são poucos, e uma revista dessas acaba sendo uma exceção, e acabo adquirindo mais as EGMs e a Superinteressante, que compro religiosamente todos os meses. É tudo uma questão de gosto.

Vamos ao enredo: como é baseado no Metal Gear, ao ler acabei sentindo um certo deja-vu: fui associando cada trecho ao próprio jogo, que pode não estar muito fresco na memória, mas ainda assim tem algumas passagens que são mais lembradas, como o início do jogo (com uma das melhores cenas de abertura de todos os tempos!) e as lutas contra os chefes.

Uma coisa que senti um pouco de falta foi a ação do jogo: o Snake não foi pego nenhuma vez pelos guardas durante a sua jornada (apenas na cena especial quando a Meryl rende o cara e o chama de iniciante), e isso acabou tirando um pouco a ação da estória. Mas nas batalhas contra os chefes, teve um pouco de dinamismo. Outra falta foi que em muitos momentos a gente acaba abstraindo. Por exemplo: depois que o Baker morre, Snake liga direto pra Meryl sem passar pelo Codec, mas na revista isso não é implícito. Quem já jogou sabe que é isso que ocorre, mas para quem vai ler na primeira vez acaba um pouco confuso. Outra falha grave é depois primeiro encontro do Vulcan Raven, onde não mostra a sala com as ogivas nucleares, e foi direto para uma sala onde ele adquiriu a Nikita. Para um fã da série, até ficamos decepcionados com o roteiro do Kris.

Mas os principais trechos do enredo estão lá, e qualquer um que não conheça a estória poderá entender perfeitamente toda a complexidade dela, uma das melhores de toda a indústria dos games. A estória é tão realista que poderia muito bem ser real, e quem jogou sabe disso.

Por fim, é apenas uma adaptação do jogo, e para quem gosta vale a pena adquirir. Pelas minhas pesquisas, ainda vai sair mais um volume, e esperemos que não demore muito, já que, mesmo que a maioria já saiba o final, é sempre bom ter esta coleção completa na estante. Para quem preza arte associada a games, é recomendadíssimo!

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