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Lula assina o projeto do CPPP, o OLPC para Professores

16 anos atrás

A princípio a iniciativa é ótima, um decreto que pretende promover Inclusão Digital entre professores das redes pública e privada, através de financiamentos com juros atraentes para compra de notebooks.

Só que há alguns problemas.

Primeiro o valor. O financiamento máximo é de R$1000,00. Com esse dinheiro compra-se no máximo um pobrebook, uma máquina limitada, carente de qualidade. Funciona? Funciona, mas eu acho que professores merecem bem mais do que o mínimo necessário. Isso é tão inteligente quanto comprar viaturas pra polícia e escolher o carro mais barato do mercado. Deveria haver um subsídio real, com valores mais próximos de uma máquina decente.

Segundo, as configurações mínimas: 512MB de RAM, 40GB de HD, tela placa LCD (sic). Isso é muito pouco para uma máquina que será bem usada. Não dá para ficar confortável com 512MB de RAM, é fato. Significa uma máquina obsoleta desde sua fabricação, que dirá em dois anos.

Terceiro, há a exigência da máquina rodar "software livre e vir com 27 aplicativos". Como assim? Que liberdade é essa que só vale se for o que o Governo Federal quiser? E se eu sou professor de uma escola onde todas as soluções são Microsoft? E se eu sou alérgico a pinguins? E se a Microsoft doou US$50 mil em softwares pra minha escola? Estamos falando de um empréstimo para compra de uma máquina PESSOAL, ligada ao indivíduo, não à escola. Se um professor é proeficiente em Windows, qual a lógica de forçá-lo, em nome da liberdade a usar outra coisa?

Estou vendo uma repetição do Computador Para Todos: Máquinas vagabundas cuja primeira ação do usuário é formatar e instalar um Windows pirata. Só que no caso vão ficar de lado logo, quando o pessoal perceber o quanto é incômodo um notebook com 512MB, processador vagabundo e carente de HD.

 

Fonte: Notebooks Blog

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