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Interpolação - aprendendo a dimensionar suas imagens (Parte 2)

16 anos atrás

Antes de ler esse texto é aconselhável ver antes a primeira parte do tópico onde foram tratados alguns conceitos básicos para a interpolação e redimensionamento da imagem.

Como vimos no texto anterior, a interpolação não é um bicho de sete cabeças e o processo é simples e prático para que o usuário tenha um total controle sobre a revelação de suas imagens. Acho que todos que já foram fazer cópias em papel de suas fotos em minilabs digitais já notaram que uma parte da fotografia sempre sai cortada. seja na parte superior ou nas laterais (as vezes nas duas). Isso acontece porque o redimensionamento da imagem para a impressão é feito pelo operador de forma automática e nem sempre cuidadosa (por conta do volume de trabalho e por ele também não ter nenhuma relação afetiva com a imagem) e por conta da proporção dos sensores das câmeras digitais compactas.

A primeira coisa a se fazer é ir até o minilab que você utiliza e pedir uma cópia da tabela de tamanhos de impressão. Se ninguém souber o que é isso saia da loja e procure outra. Nessa tabela temos os tamanhos exatos de redimensionamento de fotos para impressão, bem como a relação de PPIs que o minilab utiliza (alguns trabalham com 400 em vez de 300 PPI). Vamos trabalhar com o exemplo mais comum que é a foto 10x15 cm. A primeira coisa que temos que consertar, nesse caso, é a proporção. O antigo filme fotográfico tinha uma proporção 3:2 (mais retangular) enquanto o sensor fotográfico das câmeras compactas é de 4:3 (mais quadrado). A maneira mais fácil de arrumar isso é utilizando o Picture Manager (pequeno programa que vem no pacote do Office 2003). Ao abrir a imagem no programa é só ir até a guia imagem<=>cortar. Ao lado direito escolha a proporção 10x15cm (que também pode ser aplicada aos outros formatos de mesma proporção, como 13x18cm e 20x30cm). Como exemplo vamos utilizar uma imagem da Fuji Finepix S5100 com 4 megapixels (2272x1704 pixels).

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Como visto no exemplo, a imagem perde 188 pixels no total. Se mandada sem edição para o minilab, o operador da máquina é que vai decidir onde fazer o corte.

Depois de salvar a figura com outro nome (nunca adultere os originais, pois no caso do JPEG isso leva a perda de qualidade), abra o arquivo no Photoshop e vá até a guia image<=>image size. No campo de PPI coloque em 300 e veja que o tamanho da figura ficou em 19,22x12,82 cm. Cabe lembrar que a medida do papel de impressão é um pouco maior do que o anunciado, em torno de 2 milímetros em cada lado. Nesse caso, então vamos colocar 5 milímetros em cada lado para poder ter margem de segurança para um eventual desvio do papel dentro da máquina. Na configuração de nossa imagem, deixe todos os quadrados marcados na parte inferior e coloque no campo de menor tamanho da imagem o valor de 10,5cm. O outro valor se modificou automaticamente para 15,74cm. Sem problema, não pode faltar, mas sobrar um pouquinho está tudo bem.

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Diminuir a foto também causa perda de nitidez na imagem, pois os pixels ficam mais embaralhados. Para resolver esse problema de um zoom de 100% na imagem para ver a perda de nitidez. Para consertar isso vá até a guia filter<=>sharpen<=>smart sharpen. Para o meu tamanho de 10x15cm eu utilizei as configurações que estão descritas na figura abaixo. (Amount 330%, Radius em 0,7 e Remove Lens blour). Mas isso não é definitivo e varia de cada arquivo. O usuário é que deve se familiarizar com a ferramenta e ir brincando com as alternativas até chegar a um parâmetro que o agrade.

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Depois de executar os procedimentos salve o arquivo com qualidade 10 de compactação. Ao mandar para o minilab é necessário avisar o operador para não fazer o ajuste de tamanho da imagem, pois você já executou esse ajuste.

No próximo texto vamos ver como aumentar o tamanho da imagem.

 

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