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Avatares infantis podem influenciar comportamento de jogadores

De acodo com estudo, ao entrarmos num mundo virtual sob a perspectiva de uma criança, tendência é que passemos a adotar um comportamento infantil.

11 anos atrás

among-the-sleep_18.07.13

Assumirmos o corpo de um personagem é sem dúvida um dos princípios básicos dos videogames, mas um estudo realizado pela Universidade de Barcelona chegou a uma conclusão um tanto curiosa quando se trata de interpretarmos uma criança em um jogo eletrônico.

Segundo os pesquisadores, quando uma pessoa é colocada em uma roupa para captura de movimentos e está usando um capacete de realidade virtual, para em seguida passar a ver o mundo criado pelos pesquisadores através dos olhos de uma criança, a tendência é que ela comece a ter comportamentos infantis, algo que eles chamam de “ilusão de posse do corpo.

De alguma forma o cérebro pensa que ‘este é o meu corpo’, o que torna toda a experiência consistente,” explicou o professor Mel Slater, responsável pelo experimento. “Você passa a ver o mundo maior, possui mais atributos infantis e prefere ambientes infantis ao invés daqueles voltados aos adultos.

Mas no que isso poderia mudar nossas vidas? Bom, além de na teoria essa experiência poder servir para desbloquear memórias esquecidas, Thomas Metzinger, da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, acredita que no futuro esse tipo de realidade virtual poderá colocar as pessoas na perspectiva da vítima, ajudando assim na reabilitação de criminosos ou nos permitindo entender como as crianças se sentem ao, por exemplo, reproduzir a cena de um crime sob suas perspectivas.

Ainda segundo Metzinger, o fato de nos identificarmos facilmente com avatares não chega a surpreender, já que passamos cada vez mais tempo nos mundos virtuais criados pela TV, internet ou mesmo videogames, mas ainda é incerto dizer se um contato momentâneo com com uma dessas ilusões pode ajudar a aumentar a empatia a longo prazo.

Em todo caso, é bom vermos mais um exemplo de como os games podem ajudar as pessoas e embora não devamos ver uma utilização prática para esse estudo tão cedo, que ele tenha continuidade e permita tornar a infância das futuras gerações um pouco melhor.

[via Massively]

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