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Pele sintética sensível ao toque, calor e umidade está mais próxima da realidade

Usando minúsculas partículas de ouro e um tipo de resina, uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia Technion-Israel descobriu como criar um novo tipo de sensor flexível que um dia poderá ser integrado à uma pele eletrônica (ou e-skin).

11 anos atrás

e-skin

Crédito da imagem: reprodução.

Usando minúsculas partículas de ouro e um tipo de resina, uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia Technion-Israel descobriu como criar um novo tipo de sensor flexível que um dia poderá ser integrado à uma pele eletrônica (ou e-skin). Se os cientistas encontrarem uma maneira de usar a e-skin em próteses, amputados poderão voltar a ter sensibilidade em seus membros artificiais.

Os sensores funcionam detectando três tipos de dados simultaneamente. Enquanto as e-skins atuais detectam apenas o toque, nossa criação sente toque, umidade e temperatura, como uma pele de verdade. Além disso, o novo sistema é no mínimo 10 vezes mais sensível ao toque do que os existentes.

A explicação é do professor líder da pesquisa, Hossam Haick.

Há tempos pesquisadores tem interesse em sensores flexíveis, mas o problema é sua adaptação para uso no mundo real. Um sensor desses teria que trabalhar com pequenas tensões (compatíveis com baterias como a de celulares), ser capaz de reagir a diferentes pressões e medir mais de um dado ao mesmo tempo, incluindo umidade, temperatura, pressão, e à presença de produtos químicos. Eles também teriam que ser rápidos de produzir, de forma simples e barata.

O sensor desenvolvido pela equipe da Technion apresenta todas essas qualidades. O segredo está no uso de nanopartículas encapsuladas em camada única com 5 a 8 nanometros de diâmetro. São feitas de ouro e cercadas por moléculas conectoras chamadas "ligantes".

Segundo Haick:

Essas nanopartículas podem ser imaginadas como flores, onde o centro é o ouro e as pétalas os ligantes orgânicos que as protegem.

A equipe descobriu que quando essas nanopartículas são aplicadas sobre um substrato (feito de politereftalato de etileno, o popular PET das garrafas de refrigerante), o composto obtido conduzia eletricidade de formas diferentes conforme era dobrado. Essa propriedade faz com que o sensor possa detectar uma variação grande de pressões.

Fonte: Science Daily

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