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Satoru Iwata defende posição da Nintendo em manter a trava de região

Presidente da Nintendo diz que política de trava de região da empresa não vai mudar, e explica os motivos

11 anos atrás

Satoru Iwata

Hoje em dia um console de videogame possuir trava de região é mais um incômodo do que qualquer outra coisa. Mais e mais pessoas de diversos lugares do mundo gostariam de jogar games que ficam restritos ao Japão e outras regiões e com exceção dos consoles da Nintendo, desde a atual geração podem fazê-lo, salvo algumas exceções (no Xbox 360 você precisa mudar a região do console, já o PS3 só possui um jogo travado por região).

Mas a Nintendo nunca pensou diferente do modelo de diferenciar as regiões do mundo e limitar os jogadores a suas localidades específicas, e recentemente estendeu isso ao DSi e posteriormente ao 3DS, contrariando a história até então em que todos os seus portáteis eram region free.

Durante a E3 2013 o pessoal da IGN entrevistou o presidente da Nintendo Satoru Iwata, sobre qual seria a posição de sua empresa ao ver que tanto o Xbox One quanto o PS4 não possuirão essa restrição. Iwata foi categórico ao dizer que a política de região não será revista (mesmo com milhares de fãs pedindo o fim da limitação) e deu seus motivos:

"Do ponto de vista de algumas pessoas, pode parecer um tipo de restrição. Entretanto, nós esperamos que as pessoas apreciem o fato de que nós vendemos nossos produtos em todo o mundo. (...) Há muitas regiões diferentes no planeta, e cada uma delas possui diferenças culturais e restrições legais, assim como diferentes classificações etárias. Há sempre coisas que somos solicitados a fazer em determinada região, o que pode ir contra a ideia de que os jogadores de todo o mundo querem a liberdade de jogar o que quiserem."

Novamente a Nintendo posa de defensora da verdade, justiça e o modo de vida amer... não, esse é outro cara. A verdade é que a casa do Mario sempre foi preocupada em fazer de seus consoles plataformas familiares, o que sob sua visão poderia fugir do controle caso seus videogames não tivessem restrições de região, pois o que é considerado normal numa cultura pode ser ofensivo noutra.

Iwata ainda notou que essa política não é exclusiva da Nintendo, e que não o faz por uma questão de negócios apenas:

"Eu espero que os fãs entendam que a indústria não faz uso dessa política apenas por questões de ego ou negócios, há razões por trás disso."

Apesar de defender a trava de região, os portáteis da Nintendo sempre foram livres até o DS Lite, e o motivo maior que levou a empresa a bloquear os modelos seguintes não foi as políticas de cada local do mundo e sim a pirataria desenfreada, que teve um boom gigantesco graças aos Flashcards como o R4, que já existiam na época do Game Boy Advance mas se popularizaram fortemente com o DS.

Fonte: IGN.

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