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Pesquisa diz que arroba do e-mail vende mais que arroba de redes sociais

Relatório aponta que publicidade em buscas orgânicas e e-mails é muito mais eficiente que em Redes Sociais.

11 anos atrás

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Arroba é uma antiga unidade de massa (Portugal/Brasil) e de massa e volume(Espanha/América Latina). Para nós brasileiros, 1 arroba é igual a 14,69 quilogramas. Trata-se de uma palavra derivada do árabe الربع (pronuncia-se "ar-rub") e significa "a quarta parte". Qual a relação disso com o texto? Nenhuma.

Uma agência de pesquisas de mercado, a Custora, realizou um estudo nos últimos quatro anos que mostrou que o retorno feito com publicidade no Twitter e no Facebook são ínfimos se comparados ao que acontece quando o anunciante escolhe outros meios, como e-mail e ferramentas de busca. Leia-se: Google AdSense.

O relatório apresentado pela Custora mostra que nos últimos quatro anos, lojas online quadruplicaram o número de clientes obtidos através de e-mail. Note que não estamos falando de Spam. Os números levam em consideração apenas dados de quem se cadastrou previamente para receber as promoções.

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No mesmo período o Facebook quase que não registrou um número de vendas que pudesse ser considerado e a porcentagem de pessoas que realizaram compras à partir de algum tipo de propaganda feita no Facebook continuou baixíssima. Ainda segundo o relatório, o Twitter não registrou absolutamente nada ponderável. É bom lembrar que esta rede social disponibiliza recursos de publicidade desde 2010. De longe, a maneira mais popular de se conseguir clientes ainda é a "pesquisa orgânica", seguida do CPC do Google (ou "custo por clique").

Entram nesta pesquisa dados de 72 milhões de consumidores, de 86 lojas virtuais diferentes. Eles contabilizaram as fontes dos cliques (e-mail, Twitter, Google, Facebook, etc.), o que eles compraram e quanto eles gastaram. E não somente nesta visita, mas de toda sua atividade durante dois anos.

Algumas informações encontradas são bem interessantes. Por exemplo, clientes que chegaram aos sites através do Google se mostraram mais abertos a comprar e gastar mais. Isto é, cerca de 50% mais rentável que a média. Aqueles que compraram por causa de um e-mail recebido se mostraram 11% mais propensos que a média. O Facebook registra exatamente a média, não é de todo ruim. Já a conversão do Twitter está 23% abaixo da média, analisando-se os dois últimos anos.

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Sejamos justos: Muitas vezes uma determinada campanha feita no Twitter simplesmente some em meio ao oceano de tweets que recebemos em nossa timeline. Não é a mesma coisa. E outra: os resultados obtidos por e-mail são um pouco superiores pois as pessoas já deram seus endereços eletrônicos, já demonstraram algum interesse prévio por aquela loja ou por algum produto que ela venda. Já existe algum tipo de relacionamento entre o cliente e a empresa. Isso sem contar o fato de que, no Twitter, você só tem 140 caracteres para tentar convencer alguém.

"Eu não diria necessariamente que o Twitter é uma forma ruim de marketing online, mas que talvez eu não tenha visto muitas boas estratégias para esta rede social ultimamente" - diz Aaron Goodman, um dos responsáveis pelo estudo.

Além disso, o Google tem pelo menos aí uns 10 anos de vantagem e aprendizado que deu a ele um excelente embasamento sobre como prover publicidade online. Se você já estudou o AdWords, CPC, CPA, CPM e as campanhas para aumentar conversões, você sabe do que eu estou falando. A coisa funciona.

De qualquer forma, acredito que nenhuma empresa pode ser levada à sério se ela não estiver no Facebook e Twitter. São meios nos quais seus clientes podem entrar em contato. Isso transmite credibilidade. É verdade que algumas estão lá e ainda não aprenderam a fazer uso destas ferramentas (2013, gente!!), mas este é outro assunto. Esta proximidade com as pessoas já é motivo suficiente para não abandonar as redes sociais ainda.

Todavia, se a situação te leva a ter que escolher entre um destes meios, e apenas um, investir no sistema de busca ou em sua base de e-mails pode ser mais vantajoso. Ao menos por alguns anos.

Fonte: Custora.

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