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Análise do notebook HP Pavillion DV6427CL

16 anos atrás

Há tempos que venho tentando colocar as mãos num notebook da HP (pelo menos, num modelo recente). Além do apelo da marca, há aquele controle remoto embutido que, se não é tão bonitinho quanto o do MacBook, fica muito bem escondido no slot ExpressCard e deve quebrar um galhão quando se precisa assistir àquele vídeo caseiro na TV da sala.

Pois consegui! Será que o tal controle (e o sistema como um todo) corresponde às expectativas? Vamos ver...

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Primeiras Impressões

O que esperar de uma máquina com as seguintes características:

  • Processador 1.8 GHz AMD Turion ™ 64 X2;
  • 2GB RAM DDR2;
  • Placa de vídeo NVIDIA GeForce Go 6150;
  • Display de 15,4'', 1280x800 pixels;
  • HD SATA de 160GB (5400 RPM);
  • DVD +-R/RW 8x;
  • Modem 56kbps;
  • Ethernet 10/100;
  • WiFi 802.11b/g;
  • Webcam 1.3 MPixels;
  • Slot ExpressCard;
  • Slot SDCard (lê também MMCs, Memory Sticks, Memory Sticks Pro, xD Picture Card);
  • 3 Conectores USB;
  • 2 microfones embutidos;
  • 1 entrada para microfone externo;
  • 1 saída para fondes de ouvido;
  • 1 saída VGA;
  • 1 saída para TV (S-video);
  • 1 porta FireWire (IEEE 1394);
  • 1 saída Infra-vermelho (apenas para o controle remoto, nada de IrDA);
  • Windows Vista Home Premium;
  • 3kg, 36cm x 25cm x 3,8cm.

O gabinete é realmente muito bonito. Infelizmente, as fotos não têm boa resolução, mas os detalhes no acrílico (tanto internos quanto externos) causam uma excelente impressão. Como tudo na vida tem um preço, a tampa parece arranhar facilmente, como aconteceu com o Toshiba A205.

O teclado é macio, muito agradável ao tato. As teclas são "porosas" e dão uma excelente resposta ao clique. Particularmente, preferia que fossem da mesma cor do gabinete, o preto fica um pouco destoado, mas é só questão de gosto.

Duas coisas chamam a atenção, quando se levanta do display: os dois microfones embutidos, no topo, perto da câmera e as teclas multi-mídia, com leds azuis. Não são teclas mecânicas, mas sensores capacitivos. Sem o "clique" mecânico, o driver do teclado é o responsável pelo aviso sonoro de ativação. Visualmente, ficou muito agradável, mas o problema é fazer isso funcionar no GNU/Linux®, por exemplo.

O som vem de dois alto-falantes com a marca Altec Lansing. Não espere nada muito sofisticado, até pelo tamanho do sistema. É o suficiente para conversas no skype mas vai fazer sofrer os ouvidos dos amantes de música.

O display é muito bonito e brilhante. Tem a tecnologia anti-reflexo, que já é padrão nessa classe de micros.

A parte frontal tem a chave de controle da rede WiFi, os conectores de fones-de-ouvido, microfone, S/PDIF e o sensor do controle remoto. Para os enamorados que gostam de ver DVDs água-com-açucar juntinhos, a saída S/PDIF pode ser convertida em áudio normal, o que permite ter dois fones-de-ouvido no mesmo micro.

Na lateral direita está o conector ExpressCard, o drive de DVD RW, um conector USB e a entrada para a fonte de alimentação. Aliás, um ponto falho no excelente acabamento do sistema aparece justamente nesse conector USB: com o cabo de energia ligado, vai ser muito difícil espetar um pendrive ali.

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O controle remoto pode ficar "alojado" no slot ExpressCard, bastando um aperto para que ele saia. Uma ótima solução, realmente muito bem bolada.

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Na lateral esquerda ficam as saídas de vídeo e VGA, o conector de expansão da HP (Expansion Port 3), o conector Ethernet, modem, duas portas USB, uma FireWire e o leitor de cartões MMC/SD.

Testando...

Não é novidade que a tecnologia AMD está comendo poeira da Intel já faz tempo. Nada mais natural que a curiosidade sobre como esse Turion se revelaria nos testes.

Começando pelo vídeo, uma anedota interessante: o vendedor jurou de pés juntos que a memória da GeForce Go 6150 não era compartilhada. Balela... bastou uma olhada rápida nas especificações para descobrir o contrário. Inclusive, na BIOS há uma opção de se configurar a quantidade de memória a ser "roubada" do sistema.

Rodando o Aquamark 3, o resultado foi pior que o da GMA950: 7014 pontos contra 8997 do nosso último teste.

AquaMark

Na avaliação do Windows Vista, a nota ficou abaixo do nosso Toshiba A205: 3,0 pontos contra 3,1, justamente por causa do vídeo.

INDEX

Para um sistema dedicado a aplicações "home office" está de ótimo tamanho. Jogos mais antigos (Crimson Skies, alguém?) também rodam sem grandes engasgos.

O desempenho do HD, medido pelo HDTach, não foi dos piores (considerando, sempre, que é um portátil):

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Poderia ser um pouco melhor, mas entre velocidade/rapidez e o consumo da bateria, está aceitável.

Falando em bateria, esse é um ponto que merece destaque. Nesse modelo, são 12 células de íon lítio, o que fez o micro funcionar por até cinco horas usando suites de escritório e com a rede WiFi habilitada. Esse resultado foi obtido usando o Kurumin, já que o Vista é um conhecido devorador energia. Na parte de baixo do laptop, é possível ver um "calombo", pois a bateria é muito grande para ficar alinhada com o gabinete. A HP utilizou esse que poderia ser um ponto fraco como arma, fazendo que haja um bom espaço para ventilação entre a superfície e as entradas de ar.

Um ponto fraco, facilmente percebido depois de algumas horas de uso, é o calor excessivo. Deixar o laptop sobre a perna é impossível e as palmas das mãos também sofrem... todo o teclado, além do "touch pad" esquentam ao ponto de incomodar, quando o ambiente está acima dos 30 graus Celsius.

O controle remoto funcionou perfeitamente com o Media Center do Vista. O único senão fica por conta da velocidade... às vezes é preciso esperar um pouco entre cada "aperto de botão", mas nada que o uso contínuo não resolva.

Palavras Finais

Para um micro destinado a "home office" está de bom tamanho. Jogos e compilações não são muito indicadas, mas possíveis. A temperatura também é um problema: pense duas vezes antes de utilizá-lo em ambientes quentes ou sem condicionamento de ar.

A falta do Bluetooth foi sentida, também. Sem o IrDA, ele seria a única forma de trocar arquivos com celulares sem utilizar fios (essa é a idéia de um portátil, certo?).  Outra coisa: o máximo de memória permitida no sistema é 2GB. É o suficiente para o Vista e as aplicações mais comuns, mas se o seu caso for específico, fique atento.

No final das contas, é um bom micro que vale os R$ 2.850,00 pagos. Se bem que, por esse preço, os DVDs de recuperação poderiam ser fornecidos. Existe a opção de gerá-los a partir das imagens previamente gravadas no HD mas, convenhamos, HP, seria um custo adicional assim tão alto?

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