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Botando a mão no Leopardo

16 anos e meio atrás

O mais recente sistema operacional da Apple, o MacOS X 10.5 Leopard, foi lançado oficialmente ontem, dia 26/10. Recebi minha cópia e instalei nos dois Macs que possuo, um Macbok Core 2 Duo (1 Gb RAM) e um iMac 20 Gb Core 2 Duo (2 Gb RAM). Oferecido por US$129 para uma máquina ou US$199 para 5 máquinas de uma mesma família (family pack), encomendei o family pack pelo site da Apple, que foi entregue exatamente no dia 26 (como prometido).

Apesar das poucas horas de uso neste novo sistema operacional, vou relatar minhas experiências iniciais.

Instalação

Supreendentemente, a instalação foi bastante simples. Simplesmente inseri o DVD, ele pediu para reiniciar a maquina, e após 2 cliques a instalação prosseguiu por aproximadamente 1 hora, sem nenhuma intervenção. Como as duas instalações foram upgrade sobre o MacOS 10.4, uma preocupação é manter todos os dados e configurações pré-existentes. Felizmente tudo funcionou como esperado, e tudo foi preservado adequadamente.

Novo visual

Talvez o diferencial mais evidente do novo sistema seja um visual um pouco mais refinado, com a barra de menus no topo da tela tendo um pouco de transparência, e com o Dock com um novo fundo, em 3D. Pessoalmente, não sou um grande fã deste novo visual do Dock, porém não é nada que incomode demasiadamente. Além disto, as janelas agora ganharam um acabamento em cinza degradê, fugindo do visual “aço escovado” das versões anteriores, parecendo mais “clean”. Independente das críticas, o sistema parece um pouco mais moderno, mas realmente nada que faça muita diferença. O Dock ainda ganha a capacidade de mostrar stacks, que são “pilhas” de arquivos que podem ser abertos com um clique. Novamente, pode ser que isto seja útil em algumas situações, mas claramente não é uma funcionalidade necessária, e sim meramente incremental.

Novo Finder, Quicklook

Para quem lida constantemente com uma quantidade razoável de arquivos, o Leopard realmente traz um diferencial importante. O Finder, o equivalente ao Windows Explorer, vem com uma nova opção para visualizar os arquivos, com o chamado modo Cover Flow, introduzido no iTunes. Pode-se “folhear” por uma quantidade enorme de arquivos, com uma prévia do conteúdo do arquivo em tempo real, o que pode ser bastante útil. Talvez mais importante seja o QuickLook, que permite que se veja uma prévia do arquivo selecionado no Finder instantaneamente, sem a necessidade de abrir por exemplo o Preview ou o Microsoft Word para visualizar o arquivo com rapidez. Com certeza esta é uma funcionalidade muito bem-vinda. Além disto, a barra lateral tem um novo visual, com uma organização melhor de itens e outros dispositivos na rede local.

Spaces

A idéia de se ter múltiplos desktops virtuais é antiga, o Linux faz há muito tempo. Mas agora a Apple resolveu trazer esta funcionalidade para o sistema operacional, e para quem precisa de mais espaço ou múltiplos ambientes, por exemplo, um desktop com o Word, outro para Internet, outro para o sistema (Finder, etc), o Spaces vem a calhar. O usuário pode definir quantos desktops são desejados, máximo de 16 (4 colunas, 4 linhas), e existem atalhos de teclado par air de um para outro com rapidez.

Time Machine

Várias resenhas que li consideram o Time Machine a funcionalidade mais importante do novo sistema. Eu concordo com esta afirmação, pelo fato de automatizar o backup (e prover um controle de versões robusto) para usuários convencionais, sem a necessidade configurações complexas. Uma vez ativado, o Time Machine funciona sem intervenções do usuário, e traz uma interface pouco convencional porém intuitiva, permitindo que se “passeie” pelo passado de pastas e aplicativos. Da mesma maneira, é possivel usar o Spotlght para buscar arquivos, mesmo dentro do Time Machine. Até agora ainda não testei o Time Machine, pois ainda não comprei um HD respeitavel para utilizá-lo. Pretendo comprar um HD com conexões USB e Firewire, de pelo menos 500 Gb. Pelo que li, a primeira rodada de backup, naturalmente, demora várias horas, porém após isto, o backup é incremental e transparente para o usuário.

Back to My Mac

Esta opcão possibilita que o usuário tenha um controle muito melhor sobre suas outras máquinas na rede. Por exemplo, é possível agora conectar-se ao computador do trabalho através do Finder, explorar arquivos compartilhados, ou diretamente controlar a máquina remota através de compartilhamento de tela.

Minúcias, minúcias

O que comentei acima são realmente as novidades mais evidentes e mais comentadas do novo sistema. Mas o que não se nota são as pequenas melhorias em inúmeros aspectos do Mac OS. Por exemplo, o Spotlight (sistema de busca de arquivos e aplicativos) agora seleciona automaticamente o primeiro resultado da busca, o mais relevante, assim com um simples “enter” o usuário aciona o resultado mais relevante. São estes pequenas, porém importantes refinamentos que proporcionam uma experiência superior.

Performance

Talvez o que mais me preocupe sempre que faço um upgrade de sistema operacional (em qualquer plataforma) é se o desempenho da minha máquina vai ser comprometido, pois naturalmente, com novos sistemas, mais recursos de máquina serão necessários. Não posso comentar sobre números específicos sobre performance no novo sistema versus o anterior, porém minha impressão inicial é uma equivalência no uso.

Decepções

Uma das pequenas decepções é o fato da Apple ter decidido, na última hora, retirar a possibilidade do Time Machine utilizar um disco rígido conectado ao roteador da Apple (Airport Expresss), muito menos outros volumes na rede. O único jeito atualmente do Time Machine funcionar com backup na rede é conectar a outro computador rodando Leopard com um HD externo ligado diretamente via USB ou Firewire. Isto provavelmente foi resultado de problemas técnicos que não puderam ser consertados a tempo para o lançamento, e talvez isto seja resolvido com futuros patches no sistema.

Adendo: ( contribuição do leitor Diego Souto )

soholine01

Eu fui um dos "fanboys" a enfrentar a chuva, para pegar o OS  e levar uma camiseta de brinde. O mau tempo desanimou muitos de irem buscar na loja, mesmo assim havia umas 350 pessoas e um fila que se estendeu por um bloco.

A lojo do Soho contou com um palestra de um dos programdores do Leopard em seu auditorio.

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