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Review RAZR D3: Um Android bom e barato

Confiram a resenha do RAZR D3, o smartphone de baixo custo da Motorola que aparentemente possui bom hardware e possui versão dual-SIM.

11 anos atrás

RAZR D3

O Motorola D3 é um dos novos aparelhos da família RAZR anunciados pela Motorola Brasil no começo do mês passado. Apesar de ter um preço mais em conta, o D3 tem especificações bem decentes e promete boas fotos e uma bateria que não te deixa na mão, além do diferencial de aceitar dois chips SIM.

Design

O RAZR D3 é bem parecido com o RAZR i. Meu aparelho pessoal é um RAZR i e nos primeiros dias era bastante fácil pegar o aparelho errado e só notar na hora que a tela ligava. A maior diferença entre os dois é que o acabamento do D3 é um pouco mais simples. A traseira lembra bastante o Kevlar que já virou marca registrada da família RAZR, mas ele é todo de plástico mesmo. Assim como no RAZR i, a bateria não é removível.

O RAZR D3 é ligeiramente menor que o irmão mais velho, mas também é um pouco mais espesso (são 9,8 mm contra 8,3 mm).

A entrada para cartão micro-SD e para os dois chips SIM Cards fica na lateral, e é bom lembrar que o D3 usa SIM Cards “tradicionais”: o costume dos aparelhos mais novos me fez colocar um micro-SIM no slot, o que não foi uma boa idéia (aliás, dadas as reclamações das fabricantes sobre o espaço inútil que os SIM Cards ocupam no aparelho, fico surpreso de ver espaço para dois SIMs “inteiros” no RAZR D3).

Hardware

O RAZR D3 vem equipado com um processador dual core de 1,2 GHz e, apesar de a Motorola não admitir isso em lugar nenhum, trata-se de um MediaTek MT6577 - um SoC bastante comum em aparelhos genéricos chineses, mas que vem aos poucos conquistando as fabricantes “de marca”. Nos benchmarks, o D3 até se sai bem, com pontuação próxima à modelos mais caros…

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Algo em que o RAZR D3 fica devendo é na parte gráfica: sua GPU, uma PowerVR SGX531 (um projeto de 2006!), não tem uma performance muito boa. Alguns lags ocasionais acontecem e dá para notar alguma lentidão em jogos mais pesados, mas na maioria dos usos, atende bem.

A tela é do tipo LCD TFT e mede 4 polegadas na diagonal, com resolução de 854x480. Os botões são virtuais e ocupam espaço na tela, mas nada que seja incômodo. Apesar de eu achar a tela meio “lavada”, especialmente com o brilho no máximo, ela é bem satisfatória.

A bateria tem boa duração: com meu uso habitual - navegação/redes sociais por cerca de duas horas, música durante 3 horas, Wi-Fi e 3G ligados o tempo todo - ela durou cerca de 15 horas. Em uso mais leve - sem música, com navegação mais ocasional mas ainda com 3G e Wi-Fi ligados - o D3 aguentou mais de um dia e meio sem descarregar.

Software

Parece que a cada aparelho novo, a Motorola deixa o Android mais próximo da sua forma original. Se no RAZR i a maioria dos aplicativos da Motorola foram trocados pelos equivalentes do Google, aqui são ainda menores as intervenções da fabricante. Um dos apps inclusos no D3 é o Smart Actions, que automatiza várias funções do smartphone. Dá para configurar para ficar no silencioso durante a noite ou diminuir o brilho da tela quando a bateria estiver ficando fraca, por exemplo.

Além dele, os únicos intrusos são o QuickOffice, o launcher da Motorola e um guia das funções do aparelho. Nem mesmo o menu de configurações, que em outros aparelhos da Motorola recebem ícones coloridos (pessoalmente, acho que estes destoam do tema Holo), recebeu mudanças. Além disso, a Motorola promete atualização para a próxima versão do Android - não o 4.2, mas o que vier depois. Quase um Nexus.

O suporte ao dual-SIM é bem resolvido: é possível configurar uma só operadora para fazer ligações ou mandar mensagens ou ser perguntado em cada caso. Também se pode usar o serviço de dados nas duas linhas, mas apenas o primeiro SIM usa a rede 3G - o segundo fica restrito a EDGE e a única forma de trocar isso é mudando a posição dos SIMs na mão.

Câmera

Apesar das especificações boas - 8 megapixels, sensor retroiluminado, HDR - a câmera não impressiona muito. As fotos em HDR demoram um pouco para serem processadas, mas nada que desanime. Há mais ruído no escuro, mas isso é bastate normal nas fotos tiradas com celulares!

Vale a pena?

O RAZR D3 é um aparelho que atende bem as necessidades da maioria das pessoas, e por R$799 no modelo dual chip, tem um custo benefício muito interessante. Infelizmente, o modelo com suporte a apenas um chip será vendido apenas na Claro e por R$849, o que deixa o D3 bem menos atraente para quem não faz questão de dual-SIM.

Pode parecer meio óbvio comprar o modelo dual chip no varejo e deixar o segundo slot vazio, mas volta e meia se vê o RAZR i em promoções no mesmo preço do D3. Nesse caso, o irmão com processador Intel é mais interessante. O modelo single chip foi inicialmente anunciado pela Motorola com preço sugerido de R$699 e por esse preço seria imbatível, ainda mais com possíveis descontos à vista.

Por enquanto, o D3 parece ser uma boa opção para quem quer um smartphone bom e barato que suporte duas linhas, sem ter que se arriscar a comprar algum xing-ling de uma marca desconhecida.

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