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Canon compra Nikon e causa alvoroço na Bolsa de Valores

Nesta brincadeira de 1º de abril noticiamos que a Canon teria comprado a Nikon.

11 anos atrás

bolsa de valores

Quando a  bolsa de valores de Tóquio abriu de manhã (madrugada para nós brasileiros) uma bomba caiu sobre todos que acompanham o mercado de tecnologia. Uma mega operação de compra surgiu causando surpresa e tornando em bagunça uma segunda feira que seria tranquila. Duas megacorporações do mundo da fotografia estavam envolvidas e os blogs e sites japoneses se apressaram em noticiar que a Canon, líder do mercado nipônico em vendas de câmeras fotográficas digitais, acabara de adquirir 60% das ações da concorrente Nikon, que ocupa o segundo lugar em vendas do país, adquirindo assim o controle da empresa.

Quem primeiro deu a notícia no Japão foi o jornalista Dan Moroboshi que trouxe uma matéria completa sobre a aquisição e o que acabou rolando nos bastidores. Ao que tudo indica, esse é mais um estágio dentro da estratégia da Canon de se tornar o maior fabricante e distribuidor de câmeras e lentes fotográficas no mercado mundial. Segundo Naoto Tamura, diretor de aquisição da Canon, esse é mais um degrau a ser escalado para colocar a companhia em primeiro lugar na fabricação de câmeras, pois serão absorvidos as redes de fabricação de peças, distribuição de equipamentos e o setor de propaganda da Nikon. Creio que essa é uma boa oportunidade para que a Canon aprenda a fazer uma boa propaganda com ótima trilha sonora e imagens envolventes.

Certo, mas e como ficam os proprietários de câmeras Nikon? Segundo Shin Hayata, executivo responsável pelo período de transição, a marca Nikon vai continuar existindo, mas algumas coisas vão mudar a longo prazo. A primeira mudança é que agora todas as câmeras Nikon vão utilizar sensores produzidos pela Canon, trazendo aquela puxada para o magenta que todos nós adoramos. A segunda mudança é que agora a assistência técnica da Nikon vai ficar mais ágil nos mercados fora do Japão e as câmeras serão reparadas em menos de 180 dias. Hayata também destacou a necessidade de equipar os próximos lançamentos da Nikon com tecnologias que já estão caindo de velhas em outras câmeras, como a conexão Wi-Fi e o GPS integrado (falando das câmeras DSLR).

O analista de mercado Issamu Minami aponta que existem pontos positivos e negativos nesse tipo de operação. A concorrência diminui no mercado fotográfico, já que agora temos apenas uma potência entre as fábricas de equipamentos com tradição. Por outro lado, os concorrentes agora devem se preparar para morder uma fatia de mercado que pode ser deixado de lado pela finada (será politicamente correto falar isso?) fábrica da Nikon, já que muitos de seus seguidores vão perder a fé na marca e migrar para um concorrente. Porém, o futuro ainda é incerto, pois ninguém pode dizer ao certo o que vai acontecer nas fileiras da Nikon e como a Canon vai lidar com esse ganho de massa gigantesco em sua estrutura.

Já prevejo muita gente (revolucionários de pijama) quebrando o pau no Twitter e fazendo correntes no Facebook contra o fato.

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Fonte: Chicago Sun-Times.

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