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Números do Firefox começando a decepcionar

16 anos e meio atrás

meiobit-foxhunter.jpgA Hitslink publicou sua pesquisa pesquisa de mercado sobre a participação dos diversos navegadores, e dentro todos o Firefox não é mais aquele.

A curva de crescimento do Firefox estava se tornando bem interessante, de 11,84% em Agosto/2006 chegou a 15,42%, em Abril/2007. Daí deu uma escorregada, vindo ladeira abaixo desde então. Os últimos dados, de Julho/2007 determinam a participação de mercado da raposa em 14,37%.

O Opera também sofreu uma queda, de Junho para Junho de 2007, sua participação caiu de 0,91% para 0,89%.

Já o Internet Explorer cresceu quase 1%, entre Abril e Julho, passando de 78,03% para 78,98%. Não exatamente uma recuperação gloriosa dos 83,08% que tinham em Agosto de 2006, mas o suficiente para crescerem, em um mês, todo o mercado do Opera.

Qual o motivo dessa queda no milagre de crescimento do Firefox? Vamos ver a hipótese mais plausível: A Maligna Microsoft através de suas campanhas de terror evitam que as pessoas tenham acesso ao Firefox. Sem saber que ele existe, as pessoas não têm escolha. Sua liberdade é cerceada, não imaginam que haja um navegador melhor que o Internet Explorer. Faz sentido, não?

Bem, vamos a um segredo: As pessoas ESTÃO experimentando o Firefox, e estão excerdendo sua liberdade de escolha, escolhendo não utilizá-lo.

Atualmente a taxa de retenção do Firefox (ou seja: Quem baixa, instala e experimenta) é de 50%. ISSO MESMO. A cada duas pessoas que baixam o Firefox, uma diz "não, obrigado". Não, não precisa acreditar em mim, get the facts.

Portanto, o problema está no Firefox. De alguma forma ele não está cativando o usuário. Sua principal vantagem para o usuário comum, as abas, já existem no Explorer 7 (com 0,89% de mercado o Opera podia curar o câncer e ninguém saberia, portanto o fato dele ter inventado a navegação com abas é irrelevante).

O plano da fundação Mozilla para aumentar a taxa de retenção do Firefox é, no mínimo, perturbador. As estratégias escolhidas vão do inútil ao patético. "Tornar a web mais humana". Hello, McFly, não é assim que a banda toca.

Os pontos de venda do Firefox, que o tornam uma ferramenta excelente, não são atraentes para os não-geeks. Coisas que adoramos, como extensões, RSS, restart de sessões, ferramentas de desenvolvimento não dizem nada pro sujeito que quer entrar no Orkut, mandar um email do Hotmail e pronto. Mudar a posição do ícone do Firefox (uma das estratégias acima) não vai adiantar de NADA.

O Firefox pode, SIM se tornar algo revolucionário, pode SIM seduzir usuários em escala épica. Mas para isso tem que parar de pensar como um navegador excelente para Geeks e absolutamente comum para os outros usuários. COMO?

Mudem a interface. Mas mudem MESMO. Façam com o Firefox o que a Apple fez com o iPhone. O hardware não é uma maravilha, mesmo meu N80 tem mais recursos que o iPhone, mas a INTERFACE é o diferencial. Mantenham a tradicional, claro, mas usem como padrão algo nunca feito antes. Algo que torne a navegação uma experiência radicalmente diferente de tudo que temos hoje. Algo que faça o Opera, o Internet Explorer, o Safari parecerem coisa do século passado.

Como é essa interface? Não tenho a menor idéia, se soubesse criar coisas assim eu trabalharia pra El Jobso.

Fontes: ZDNet, Lingua Franca, Cybernet TechNews

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