Uma jornada de 25 minutos na fronteira final

Sunita Williams é uma americana de origem indiana com um currículo invejável. Participou de quatro expedições na Estação Espacial Internacional, e enquanto em Star Trek, no Século XXIV a Major Kira nunca passou de segunda em comando da Deep Space Nine, Sunita comandou no Século XXI a Estação Espacial, tornando a ficção científica no mínimo atrasada e conservadora.

Antes de voltar à Terra, já detentora do recorde de mulher com maior tempo no espaço, mais de 195 dias, Sunita gravou um tour pela Estação Espacial. São 25 minutos memoráveis, despretensiosos e fascinantes.

Ela mostra os alojamentos, onde cada um dorme, mostra como os módulos são atulhados de suprimentos mas sem gravidade toda parede é chão, então na verdade é tudo mais espaçoso.

A grande dúvida de todo mundo, o banheiro, é explicada em detalhes, tanto para o número 1 quanto para o número 2. Dá pra ver até o emblema oficial do banheiro espacial:

No móduio russo há uma foto de Yuri Gararin na parede, um detalhe digno de Arthur Clarke. No módulo de comando, as câmeras, com lentes monstruosamente grandes, e o minúsculo joystick pra raríssima situação onde é preciso pilotar manualmente a estação.

Por falar em câmera, é interessante notar a quantidade de pixels mortos na filmadora. Culpa dos raios cósmicos, a falta de uma atmosfera protetora faz com que nós e nossos equipamentos fiquemos vulneráveis a partículas de alta energia.

A melhor parte é quando Sunita nos leva até o cúpula, que sempre entendi como no alto, mas para eles fica no chão, e até faz sentido, pois aponta pra Terra. É simplesmente lindo, lindo quando a câmera compensa a diferença de luminosidade e o planeta se descortina diante de nossos olhos.

Assista, coloque a qualidade em 720p e delicie-se com um vislumbre de como a Humanidade consegue proezas maravilhosas, nos raros momentos em que se distancia da mediocridade reinante nos noticiários.

Fonte: BA