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Soldado fala sobre as diferenças entre a realidade e os FPSs

11 anos atrás

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Algo que se tornou relativamente comum entre as empresas que desenvolvem jogos de ação com temáticas militares é a contratação de consultores para fazer com que o game fique o mais realista possível, o que recentemente inclusive levou um grupo de SEALs a serem suspensos pela marinha dos Estados Unidos, mas será que tais produções possuem realmente alguma semelhança com uma batalha de verdade?

Para saber a reposta o pessoal do VentureBeat fez tal pergunta ao sargento Dave Mull, veterano que lutou no Iraque durante 12 anos e que disse o seguinte:

Os jogos são como uma versão animada da realidade… O combate real não é muito empolgante de uma perspectiva de terceira pessoa. Você passa longos períodos entediado e então, de repente alguém está tentando te matar e a sua adrenalina vai ao máximo, mas você mal consegue identificar sua posição ou tem pouca ideia de onde a ameaça está vindo. E mesmo quando acontece perto de você, normalmente acontece muito rápido, sem muitas formas de luta.

Os games são uma forma de entretenimento, então é lógico que eles aproveitem os enredos de Hollywood, efeitos e o estilo geral. Acho que vocês tem que se lembrar que esses tipos de entretenimentos são voltados para todo mundo e não apenas para os veteranos de guerra.

Mesmo que minha única experiência no Exército se resuma a ter madrugado no quartel num dia de inverno para jurar a bandeira e pegar meu certificado de reservista, é difícil não concordar com o sargento e sempre tive essa impressão de que os jogos parecem muito mais uma grande produção do cinema do que aquilo que realmente acontece. As poucas exceções porém são títulos que gostam de ser conhecidos como simuladores de guerra, como é o caso das séries ArmA e Operation Flashpoint e basta alguns minutos em um deles para ver que de realista um Call of Duty ou Battlefield não tem nada.

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