Carlos Cardoso 11 anos atrás
O SHARK, apesar do nome ridículo -SHowing Animals Respect and Kindness- é um grupo ativista sério, com desafetos mais sérios ainda. Estão fazendo de tudo para expor um bando de imbecis que praticam um “esporte” mais imbecil ainda: tiro ao pombo com pombos de verdade.
A prática se resume a um imbecil com uma espingarda a alguns metros de uma gaiola com um pombo nascido e criado em cativeiro. A gaiola é aberta, e talvez em seu primeiro vôo rumo à liberdade o pombo é cruelmente destroçado por uma barragem de tiros.
O pessoal do SHARK estava filmando isso, utilizando o Anjo, um octocóptero de US$4 mil. Os caçadores não gostaram nada, e começaram a usar o Anjo como alvo. Devemos reconhecer a habilidade deles, logo atingiram quase mortalmente o equipamento.
O operador tentou acionar o modo de retorno automático, mas o GPS e a bússola foram atingidos. A saída foi voar manualmente fazendo um pouso forçado.
A polícia não quer registrar a queixa, mas as imagens não mentem e estão espalhadas pelas redes sociais. O clube de tiro, não exatamente feliz com o acontecido, não quer se pronunciar.
Esse caso é só a ponta do iceberg dessa caixa de Pandora (ok, chega de metáforas) que é a utilização de drones por particulares, organizações não-governamentais e entidades jornalísticas. Já há inclusive um site inteiro sobre o tema, o Drone Journalism. Em breve cada repórter em campo terá seu próprio robozinho, e cercas, muros e cordões de isolamento se tornarão inúteis e anacrônicos. Ainda bem.
Fonte: SAN